O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), Carlos Silva, disse que a confederação sindical vai propor, em setembro, a subida do salário mínimo nacional para um valor “à volta” de 522 euros.

Em declarações à Lusa, à margem de uma visita a um têxtil de Barcelos, Carlos Silva sublinhou que a proposta da UGT andará “sempre à volta dos valores preconizados pelo secretário-geral do Partido Socialista”.

“Ele [António Costa] preconizou 522 euros, talvez a UGT proponha um bocadinho mais. Iremos analisar, mas será à volta disso”, referiu.

Carlos Silva disse ainda que não irá propor “valores exorbitantes”, para evitar que apareçam imediatamente os empresários a dizerem “nem pensar nisso” e assim conduzir a uma discussão estéril, sem “resultados nenhuns”.

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“Importa partirmos de um número que, por um lado, não afugente a possibilidade de atingir um acordo e, ao mesmo tempo, dê aos trabalhadores com menores rendimentos a possibilidade de verificarem que há um novo aumento para 2016”, acrescentou.

A 01 de outubro de 2014, o salário mínimo nacional passou dos 485 euros para os 505 euros, depois de estar congelado desde 2011.

O aumento, que vigorará até final de 2015, abrangeu cerca de meio milhão de trabalhadores e decorreu de um acordo estabelecido entre o Governo, as confederações patronais e a UGT, deixando de fora a CGTP, que considerou insuficiente o valor de 505 euros.