O secretário-geral do PS, António Costa, acusou o primeiro-ministro de ser a troika, apontando a confiança, inovação, rendimento, emprego e rigor como as cinco palavras fundamentais que definem a alternativa socialista à política da direita.

António Costa discursava em Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, num encontro com militantes e simpatizantes do PS, no qual acusou Pedro Passos Coelho de, depois de estar no Governo, ter feito “tudo o contrário do que prometeu na oposição”.

Costa sustentou que o chefe do Executivo, depois do fim do programa de assistência, fez questão de continuar “a política da troika“. “Porque verdadeiramente a troika é ele e política dele”, exclamou.

O secretário-geral do PS explicou e deu exemplos de medidas concretas das cinco palavras que definem a alternativa socialista às políticas de direita e que são confiança, inovação, rendimento, emprego e rigor.

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“A alternativa que propomos é, por isso, uma alternativa de confiança, porque não promete mais do que aquilo que estamos em condições de assegurar. É uma alternativa assente na inovação porque não aceitamos o empobrecimento como modelo de desenvolvimento”, disse.

Costa explicou ainda que se trata de “uma alternativa de rendimento” porque o PS não aceita mais austeridade como forma de desenvolvimento e entende que “é hora de aliviar a carga sobre as famílias e aumentar o seu rendimento disponível”.

“É uma alternativa de emprego porque sabemos que essa tem que ser a prioridade contra o desemprego e contra a precariedade”, disse ainda.

Para concluir estes cinco pontos-chave, o líder socialista disse que o rigor passa pela “aposta na sustentabilidade da Segurança Social e porque garante aos portugueses que é possível virar a página da austeridade sem romper com a Europa” porque o PS quer que Portugal continue na Europa mas não aceita mais prosseguir a política da austeridade.

António Costa reiterou a ideia de que o partido não vai prometer o que não tiver a certeza que pode cumprir e que não vai “prometer este mundo e o outro” aos portugueses.

A necessidade de trabalhar para garantir a sustentabilidade da Segurança Social foi outro dos pontos nos quais o socialista insistiu.

Costa explicou que o PS vai agora trabalhar na conclusão do programa de Governo, sendo altura de se concentrar nas grandes causas que têm que mobilizar Portugal, uma “nova e última etapa na afirmação da alternativa” socialista. “Os portugueses estão interessados na política. O que os portugueses não têm paciência e estão fartos é da politiquice”, sublinhou.