A concessionária das minas de Aljustrel, no Alentejo, anunciou que está a investir 45 milhões de euros num projeto para aumentar a capacidade de produção da empresa e que prevê criar 20 postos de trabalho.

Segundo Humberto Costa Leite, o presidente da concessionária, a Almina, o projeto, “avaliado em 45 milhões de euros”, dos quais 24 milhões de euros já estão realizados, foi recentemente aprovado pelo Governo com vista à concessão de 6,7 milhões de euros em benefícios fiscais.

Humberto Costa Leite falava na cerimónia que hoje marcou o início da visita do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, às minas de Aljustrel, onde inaugurou o novo laboratório mineralógico do complexo mineiro, o qual, segundo a Almina, “permite que a empresa deixe de recorrer externamente a este serviço de melhoria do produto final”.

Num comunicado distribuído aos jornalistas durante a visita de Paulo Portas, a Almina explica que o projeto “prevê a criação de 20 postos de trabalho” e permitirá “aumentar ainda mais a capacidade de produção” e “reforçar a componente ambiental e social da atividade” da empresa em Aljustrel.

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No documento, a Almina, empresa mineira de capitais portugueses detida pelo grupo I’M Minning, refere que concluiu em 2014 o projeto de beneficiação do complexo mineiro de Aljustrel, num investimento de 104 milhões de euros, que permitiu criar 230 postos de trabalho.

O projeto, que tinha arrancado em 2010, após a Almina ter começado a explorar as minas de Aljustrel em regime de concessão atribuída pelo Estado, permitiu beneficiar o complexo mineiro, através da modernização de instalações de exploração, processamento e beneficiação de minério.

Segundo Humberto Costa Leite, além dos investimentos efetuados através da Almina, o I’M Minning investiu mais 21,5 milhões de euros nas minas de Aljustrel através da Empresa de Perfuração e Desenvolvimento Mineiro (EPDM), também detida pelo grupo.

No comunicado, a Almina indica que prevê atingir este ano “um volume de produção de 2,3 milhões de toneladas de minério, mais 300 mil toneladas do que em 2013 e o dobro do registado em 2012”, e faturar “perto de 125 milhões de euros, mais 20 milhões de euros do que em 2014”.

“Vamos fazer este ano 120 mil toneladas de concentrado de cobre, que tem um conteúdo de 29 mil toneladas de cobre”, indicou, referindo que em 2014 a empresa extraiu “mais de dois milhões de toneladas” de minério com “30 mil toneladas de cobre contido”.

Segundo o responsável, atualmente, nas minas de Aljustrel trabalham 607 pessoas, através das empresas do grupo I’M Minning, a Almina e a EPDM, “quase o dobro” do que em 2011, e 265 pessoas, através de prestadores de serviços e subcontratados.

Humberto Costa Leite disse que, há quatro anos, o grupo I’M Minning tinha a perspetiva de que “em seis a oito anos” não poderia produzir mais nas minas de Aljustrel, mas, atualmente, já está a pensar que tem “minério para trabalhar mais 10 anos no cobre e no zinco”.

“O nosso principal foco é conseguir prospetar, sondar a área que nos está concessionada e alguma área que vamos querer que o Estado futuramente analise para nos conceder para podermos dar longevidade a este projeto”, disse.