Uma pesquisa no Google pelo nome Kendall Jenner e aparecem cerca de 105 milhões de referências em apenas 0,34 segundos. Não é por acaso que isso acontece. A jovem de apenas 19 anos tomou a redes sociais e a imprensa internacional de assalto não há tanto tempo quanto isso. Só na sua conta de Instagram, onde publica fotografias num regime quase diário, contam-se mais de 25 milhões de seguidores. Outros 10 mil acompanham as suas palavras no feed do Twitter.

A fama de Kendall Jenner ganha outro sentido (e dimensão) quando se dá conta de que esta é a meia-irmã da socialite que já tentou “quebrar” a Internet — quem não se recorda da capa de Kim Kardashian para a revista Paper?

Um lar e família mediáticos. Foi nesse universo que Jenner cresceu, ela que não sabe o que é privacidade absoluta desde os 11 anos. A culpa é do programa televisivo Keeping up with the Kardashians, um reality show emitido no canal E! desde outubro de 2007. “Comecei tão cedo que [o programa] é a única coisa de que me lembro”, contou à Allure. “[A minha irmã] Kylie e eu tivemos de crescer à frente das pessoas e, às vezes, era difícil… Mas nunca foi uma coisa negativa.”

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Uma audiência de milhões seguiu, então, de perto o percurso daquela que sempre sonhou ser modelo, mesmo que ao início tivesse — à semelhança de uma típica adolescente — problemas de autoestima. “Tinha acabado de começar o nono ano quando tive acne”, disse à mesma publicação. “E sempre tive aparelho. Não olhava para as pessoas nos olhos. Não foi uma boa altura para mim — isso matou a minha autoestima. Pensava que ao não olhar para alguém, que essa pessoa não veria a minha cara.”

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Apesar do descontentamento em relação ao seu aspeto físico, ainda que temporário, o fascínio por modelos nunca abrandou. Kendall chegou a dizer à Interview Magazine que esse sempre fora o seu trabalho de sonho e que olhava para as supermodelos enquanto uma espécie rara de super-heroínas. O desejo de estar atrás de uma máquina fotográfica começou desde cedo, pelo que em criança tanto ela como a irmã Kylie tiravam retratos a si próprias nas traseiras da casa onde viviam — imagens que deram origem ao primeiro portfólio da jovem.

Desde então muita coisa mudou, com Jenner a criar uma persona que já se tornou num modelo de inspiração para a sua geração. O estilo e a presença nas redes sociais lançaram-na a título pessoal — sem o atrelado Kardashian — na imprensa que, volta e meia, vai-lhe apontado os holofotes da fama. É o caso do Buzzfeed que, num artigo publicado a 3 de maio, reuniu 19 momentos que provam que Kendall já é considerada um fashion icon. Talvez seja por isso que o rótulo Instagirl lhe fique tão bem.

Atualmente, não há nada que a impeça de trabalhar — seja pela ausência de limitações pessoais ou pela oferta non-stop de propostas. Nesse sentido, Jenner deve muito ao estilista Marc Jacobs, que a fez subir à passerelle aquando do desfile de outono de 2014 em fevereiro do ano passado. À data, as fotos do momento invadiram a Internet, o suficiente para que a modelo começasse a ser requisitada por griffes como a Chanel e a Givenchy.

“Kendall é tudo o que uma modelo deve ser: interessante, carismática e, o mais importante, a roupa cai-lhe muito bem”, chegou a dizer Jacobs, citado pela TeenVogue. Ao elogio do designer responsável pela marca homónima soma-se o contrato que Jenner conseguiu com a Estée Lauder e cuja campanha começa agora a dar que falar.