A caça ilegal de rinocerontes na África do Sul aumentou no primeiro quadrimestre deste ano, face a igual período de 2014, continuando a atingir níveis recorde, informou hoje o Governo sul-africano. No fim de abril, havia menos 393 rinocerontes no país, devido à caça furtiva, dos quais 290 foram mortos no Parque Nacional Kruger, indicou em conferência de imprensa a ministra do Ambiente, Edna Molewa.

Segundo a ministra, verificou-se um aumento de mais de 18 por cento no número de “baixas” durante os primeiros quatro meses do ano, comparativamente ao período homólogo de 2014.

O Parque Kruger acolhe a maioria dos rinocerontes da África do Sul, que são abatidos por causa dos seus cornos, usados na medicina tradicional chinesa. Estima-se que existam no país 20.700 rinocerontes. No mês passado, de acordo com a polícia sul-africana, foram detidos 132 suspeitos.

Apesar do compromisso das autoridades de combate à caça ilegal de rinocerontes, a prática tem aumentado de ano para ano. Em 2014, foram abatidos 1.215 rinocerontes, mais 211 do que em 2013. Em 2012, o número rondou os 668 e, em 2011, os 448. Quando as estatísticas começaram a ser registadas, em 2008, a “baixa” de rinocerontes atingiu os 83 animais, mais 70 face a 2007.

Embora a caça ilegal de rinocerontes esteja a aumentar, a ministra do Ambiente sul-africana crê que o combate da prática será ganho. O Governo anunciou em fevereiro que iria avaliar se o comércio de cornos de rinoceronte deve ser legalizado e regulado para travar a caça furtiva dos animais.

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