Economista, apaixonado por comida, ex-campeão de xadrez, professor, escritor. E bloguer. Ou como escreveu Alana Semuels, no LA Times, uma “celebridade da economia”. Tyler Cowen é a mente por trás do Marginal Revolution, um dos blogues de economia que mais dá que falar e que tem levado o economista a dar palestras um pouco por todo o mundo. A 12 de junho vai estar no Porto, na Casa da Música, para falar sobre economia digital, na conferência “Admirável Mundo Novo”, organizada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Considerado um dos economistas mais influentes da última década de acordo com um inquérito levado a cabo pela revista The Economist, em 2011, Tyler Cowen lançou o Marginal Revolution juntamente com o colega Alex Tabarrok e um slogan para cativar leitores: “Pequenos passos em direção a um mundo melhor”. São ambos professores na universidade norte-americana George Mason, em Virginia. Tyler Cowen alimenta o blogue diariamente, com textos que, em 2007, agregou no livro “O Economista que há em si”, publicado em 2008 pela Editorial Presença.

Colunista no New York Times, Tyler Cowen, de 48 anos, lê cinco livros por dia e é um apaixonado por comida, à qual também dá um espaço próprio virtual. No guia “Tyler Cowen’s Ethnic Guide“, lista os seus restaurantes preferidos, com críticas ao serviço, contactos e dicas sobre como jantar bem, por exemplo. E nas palestras, a economia também se junta à comida.

Filho de um ex-presidente da Câmara de Comércio, começou a ler livros de economia e filosofia aos 13 anos. Fã assumido da globalização, diz que um “americano ‘yuppie’ típico é aquele que bebe vinho francês, ouve Beethoven num sistema de áudio japonês, utiliza a internet para comprar tapetes persas de um comerciante londrino, vê filmes de Hollywood que são financiados por capital estrangeiro e filmado por realizadores europeus, passa férias em Bali – e um japonês de classe média alta pode fazer exatamente o mesmo”, escreve o Washington Post.

Em “O Economista que há em si”, Tyler Cowen quer que o leitor pense nas suas necessidades do dia a dia e tenta encontrar soluções para elas. Saber como apreciar uma visita a um museu, comer bem, como criar laços de confiança são algumas das dicas do bloguer, que analisa como ligar a psicologia à economia e influenciar o comportamento dos leitores. Aplicando estes princípios nas rotinas do dia a dia.

Considerado pela crítica como “um ávido consumidor de cultura” e uma “ave rara”, foi citado na Bloomberg Business Week como o economista mais sexy dos Estados Unidos da América e a revista Foreign Policy listou-o como um dos 100 pensadores do mundo, em 2011. Do blogue, fez nascer um projeto educativo online, o MRUniversity.com.

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