A música portuguesa está outra vez nas bocas do mundo. E tudo graças a Camané, que foi a estrela de um dos mais prestigiados showcases internacionais, os Tiny Desk Music da National Public Radio (NPR), uma das principais rádios norte americanas, em Washington.

Camané, acompanhado, como habitualmente, por José Manuel Neto na guitarra portuguesa e por Carlos Manuel Proença na viola, interpretou 3 canções, e impressionou.

“O tom sedoso do barítono de Camané emociona. É impressionante como uma voz, com tal volume e beleza pura, nasce de um homem tão pequenino”, lê-se na descrição do vídeo.

“Os grandes cantores de Fado soam como se carregassem toda a tristeza do mundo. Eles não colocam apenas o coração à flor da pele, mas também a alma”, acrescentam

O fadista português, que lançou um novo disco em maio, cantou “Abandono” (composto por David Mourão-Ferreira com melodia de Alain Oulman), “Cansaço (Fado Tango)” (composto por Luís Macedo e Joaquim Campos) e “Saudades trago comigo” (composto por António Calém).

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“Muito obrigado. Muito obrigado pelo convite. É um prazer enorme estar aqui convosco. Obrigado”, proferiu Camané em inglês após a primeira canção.

Os Tiny Desk Concert é um dos programas mais seguidos no mundo. Já contou com a presença de importantes figuras da música atual, como Adele, Moby, Cranberries e The National. Na descrição do vídeo consta uma definição do Fado, que é visto como se fosse “o Blues português”, e ouve-se um aplauso ao som da guitarra portuguesa.

“Um importante ingrediente para a receita da melancolia do Fado está no som rico e tilintante da guitarra portuguesa. Vai além do simples acompanhamento. Com as suas 12 cordas de aço trovadas, o instrumento não só comenta o texto cantado, como entra num diálogo sentido com o fadista”, lê-se na descrição.

“Prestem atenção à interpretação do guitarrista José Manuel Neto – com o seu charme e nuance transportam-nos para uma pequena taberna de Alfama, em Lisboa”, acrescentou.

Camané editou o primeiro álbum de inéditos em cinco anos, o “Infinito Presente”, no passado dia 4 de maio.

Texto editado por Filomena Martins.