O secretário-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros grego, Mijaíl Spinélis, emitiu uma ordem para todas as representações diplomáticas e consulares no estrangeiro exigindo que estas remetam quanto antes para o Banco da Grécia os montantes dos atos consulares que tenham em caixa. A mesma ordem indica que estas embaixadas e consulados só poderão manter o dinheiro suficiente para as necessidades de caixa dos próximos três meses, adianta o ABC.

No documento assinado por Spinélis, com data desta quinta-feira, segue o número da conta para onde as embaixadas e consulados devem enviar o dinheiro, acrescentando que se tal não for possível efectuar através de transferência bancária pode ser feito via mala diplomática.

O Governo grego já tinha emitido uma ordem em que pedia esta devolução de verbas a todos os institutos públicos e câmaras gregas. Trata-se de uma lei aprovada a 27 de abril e que envolveria também as embaixadas e consulados. Mas, na altura, o Ministério dos Negócios Estrangeiros não o considerou assim, até porque o dinheiro que entrava nestes organismos através de emissão de documentos, vistos e outros procedimentos semelhantes era usado para gastos operacionais.

Quer as autarquias gregas, quer os organismos estatais (num total de cerca de 1.500 entidades, incluindo hospitais e universidades) recusaram-se a entregar os fundos.

Aumenta, assim, a preocupação com a falta de liquidez do Governo grego.

 

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