O Vitória de Guimarães denunciara-o logo na segunda-feira: vários artigos de material desportivo tinham sido roubados por adeptos do Benfica de uma sala que, no Estádio D. Afonso Henriques, servia de armazém para a loja oficial do clube. Armando Marques, o vice-presidente vimaranense, nem soubera quantificar o prejuízo causado, dizendo apenas que, ao todo, o clube fora lesado em “várias dezenas de milhar de euros”. E agora surgiu o vídeo que mostra parte do momento em que se efetuou o roubo.

As imagens, divulgadas na segunda-feira pelo Jornal de Notícias, mostram dezenas de adeptos, mesmo à porta do armazém, a empacotarem ténis, chuteiras, roupa, bolas de futebol e outros artigos em malas ou mochilas.

Tudo aconteceu no topo norte do estádio, na mesma zona da bancada em que cerca de 5 mil adeptos encarnados assistiram ao jogo (0-0). Quando a partida terminou, e por questões de segurança — aplicadas em encontros que mobilizem um número considerável de adeptos da equipa adversária –, os apoiantes do Benfica permaneceram na bancada.

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Era suposto que lá tivessem ficado, mas cerca de 500 pessoas terão ido para os corredores do estádio, onde acabariam por chegar ao tal armazém. Após o roubo, os adeptos, escreve também o JN, terão abandonado o recinto sem que agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) ou das forças de segurança contratadas pelo Vitória de Guimarães os questionassem.

Um bastão de aço

O vídeo não foi a única novidade sobre tudo o que se passou no domingo. Esta terça-feira o Público noticia que Filipe Silva, o subcomissário da PSP de Guimarães que espancou José Magalhães diante do filho de nove anos, terá utilizado um bastão extensível, de aço, ao invés do bastão longo que é por norma utilizado.

O regulamento da polícia, adianta o mesmo jornal, dita que o bastão de aço é utilizado em casos de emergência ou violência extrema. Com este tipo de bastão, aliás, os agentes estão proibidos de atingir áreas letais do corpo.