Depois de semanas de conversações e de recusa em acolher os milhares de imigrantes ilegais que estão em barcos à deriva no sudeste asiático, a Malásia decidiu aceitar a sua entrada no país e vai dar início a ações de busca e salvamento.

A decisão do primeiro-ministro malaio aconteceu na sequência de semanas de negociações entre a Malásia e a Indonésia. Os dois países recusavam-se a acolher os milhares de imigrantes que permanecem em barcos no golfo de Bengala e no mar de Andamão, mas aceitam agora recebê-los, desde que a comunidade internacional os ajude a repatriar. A maior parte daqueles imigrantes são do povo Rohingya, uma minoria muçulmana perseguida na Birmânia, que não os reconhece como cidadãos e de onde zarpam muitos dos barcos que operam para as redes de tráfico de pessoas. Os número de imigrantes que se encontram à deriva não é certo, mas há estimativas que apontam para cerca de sete mil pessoas.

A primeira iniciativa no sentido de cumprir com o acordo partiu da Malásia. O primeiro-ministro, Mohd Najid Tun Razak, anunciou que deu ordens para que se iniciassem ações de busca e salvamento.

Os Estados Unidos prometem ajuda

Os Estados Unidos estão dispostos a ajudar os países do sudeste asiático com os milhares de imigrantes ilegais que permanecem presos em navios na região, informou hoje o Departamento de Estado.

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“Os Estados Unidos estão preparados para ajudar os países da região na ‘assumir a carga’ e a salvar vidas hoje mesmo. Temos uma obrigação comum para responder ao apelo destes imigrantes que arriscaram a vida no mar”, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, na conferência de imprensa diária.

O subsecretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, visitou hoje Jacarta, Indonésia, e transmitiu aquela mensagem às autoridades indonésias, assegurou a porta-voz, que acrescentou que os Estados Unidos estão a “considerar opções” tanto a nível financeiro como a nível da deslocalização.

No ano passado, mais de mil imigrantes rohingya foram deslocalizados para os Estados Unidos.