De um lado Bono Vox, o primeiro-ministro Enda Kenny ou o presidente do Twitter. Todos a favor do “sim” ao casamento gay. Do outro lado alguns grupos ligados à Igreja Católica a fazer campanha pelo “não”. Os irlandeses escolhem amanhã se legalizam ou não o casamento entre homossexuais e as últimas sondagens dão vitória ao “sim”, ainda que a vantagem esteja a encurtar.

A diferença entre o “sim” e o “não” tem variado entre os  30 e os 40 pontos percentuais. Um primeiro estudo de opinião(Ipsos/MRBI) dava uma vitória folgada do “sim”, com 70%, a mais recente estreita o espaço para os 29 pontos de diferença o que fez disparar a preocupação junto dos membros do governo que são favoráveis ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas que submeteram a decisão ao voto dos irlandeses.

Com o fim da campanha à espreita, o primeiro-ministro Enda Kenny decidiu fazer um último apelo ao voto:

“Espero que seja um dia feliz para o nosso país. Um dia em que vamos dizer sim à inclusão, sim aos direitos, amor, sim à igualdade, si ao casamento homossexual”, disse o primeiro-ministro.

“O lado do ‘não’ está a crescer e endurecer o discurso. Sabíamos que ainda havia uma votação significativa que não se revelava, mas é muito mais forte do que o inicialmente previsto”, disse ao Irish Times um dos ministros de Enda Kenny. “Vai ser muito mais renhido do que antecipámos”, concluiu.

Pelo lado do não, surgiu um último apelo do Arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin: “O casamento é sobre um homem e uma mulher que se juntam, são pais e mães e há aí qualquer coisa. Mudar isso iria deixar as pessoas em dúvida. Não posso prometer o que vai acontecer depois do referendo”.

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