A campanha às eleições legislativas começa a aquecer. António Costa não gostou de ver Passos Coelho dizer que as medidas do PS são de “perigosos liberais”, em entrevista ao Observador e respondeu ao primeiro-ministro: “[Deve] procurar orientar-se e concentrar-se na leitura do que é certo”, disse. Na resposta, quis ainda “tranquilizar e sossegar” Passos Coelho garantindo que “não vai ser o diabo”, depois das eleições.

Ao Observador, Passos Coelho considerou que “há medidas apresentadas pelos economistas do PS que são perfeitamente liberais – eu não as subscrevo. Mas são liberais”, o que provocou uma resposta irónica de António Costa.

“Tem alguma dificuldade de leitura dos documentos do PS. Num dia vê documentos de radicais esquerdistas, noutro vê perigosos liberais”, disse.

E por isso deixa a sugestão: “[Deve] procurar orientar-se e concentrar-se na leitura do que é certo”. E, como das eleições legislativas pode não resultar um Governo com maioria absoluta, Costa quis “tranquilizar e sossegar” o primeiro-ministro: “Se tivermos um governo minoritário não vai ser o diabo”. Isto porque Passos Coelho disse, na mesma entrevista ao Observador, que “se ninguém tiver maioria, como se costuma dizer, ‘vai ser o diabo'”.

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Em conversa com os jornalistas, António Costa lembrou que o PS já apresentou o seu programa e que a coligação PSD/CDS ainda não o fez e que por estes dias os governantes andam “num concurso de ministros para criticarem o PS” e que devem, em vez disso de “primeiro, governar o país” e em segundo “apresentar uma proposta”. E para já, lembrou, apenas se conhecem “três ideias”: o corte no salário dos funcionários públicos, a sobretaxa de IRS e o novo corte de 600 milhões de euros.