Foram detidos 114 taxistas em 2014 por burla e metade acabou por ser condenada, a maioria com pena suspensa, apurou o Diário de Notícias. As vítimas são turistas, que foram obrigados a pagar 6 a 10 euros a mais do que o preço real. As burlas são detetadas por agentes que fiscalizam à paisana a atuação dos taxistas que fazem serviço no aeroporto de Lisboa.

De 2013 a março de 2015, foram detidos 166 motoristas de táxi por terem cometido especulação dos preços. Em 2014, a Divisão de Segurança Aeroportuária da PSP efetuou 60 operações de fiscalização, que acabaram na detenção de 55 motoristas., disse o comandante da divisão, Dário Prates, ao Diário de Notícias. Em nenhum dos crimes de especulação financeira foi emitida fatura.

Além das penas suspensas, os motoristas foram obrigados a pagar uma multa que oscilava de 550 a 2.250 euros. Num dos casos, o taxista foi condenado a sete meses de prisão efetiva.

A 20 de maio, o Diário de Notícias avançou que Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) queria propor uma tarifa única de 20 euros para as viagens realizadas entre a zona de chegadas do aeroporto da Portela, em Lisboa, e até um raio de 14,8 quilómetros. Ou seja, viagens entre distâncias de um, cinco ou 12 quilómetros passariam a custar rigorosamente o mesmo, mas os taxistas teriam de estar devidamente certificados e vestir uma farda.

A Associação de Consumidores de Portugal (ACOP) reagiu no dia seguinte e manifestou-se “frontalmente contra”, considerando que se tratava de um aumento “brutal”. Em comunicado, referiu que o acordo dos táxis estacionados nos aeroportos “é ilegal”.

Já o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro considerou que a proposta dos taxistas era aceitável, referindo que “como modelo”, a tarifa única não lhe parece mal. “Ainda me parece melhor se resultar de um acordo alargado”, disse Sérgio Monteiro.

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