Carlos Santos Silva vai com pulseira eletrónica para prisão domiciliária, mas não por estar a colaborar com a justiça, avança o Diário de Notícias, na sua edição de domingo. Ao contrário do que aconteceu com o motorista João Perna, o amigo pessoal de José Sócrates e ex-administrador do Grupo Lena não quebrou o silêncio e manteve a versão original: os milhões que cedeu ao ex-primeiro-ministro foram “empréstimos pessoais”.

O Diário de Notícias apurou que o procurador Rosário Teixeira entendeu já ter recolhido a prova testemunhal e documental necessária relativa ao empresário. Carlos Santos Silva estava preso preventivamente pelo perigo de poder vir a forjar documentos que justificassem as transferências de dinheiro para José Sócrates.

Ex-primeiro-ministro recebeu mais de 8 milhões de euros oriundos de uma conta na Suíça, em nome de Santos Silva, segundo o Ministério Público, que descobriu como José Sócrates recebia dinheiro de dez formas diferentes.

A medida de coação de Carlos Santos Silva foi alterada para prisão domiciliária na sexta-feira, 22 de maio, poucas horas depois de se saber que José Sócrates continuaria em prisão preventiva por mais três meses. O ex-administrador do Grupo Lena está indiciado pelos crimes de corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, no âmbito da Operação Marquês.

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