A Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) recebeu 78.239 reclamações em 2014, das quais 84,4% referem-se a serviços de comunicações eletrónicas. Esta é conclusão do levantamento realizado pela agência e divulgado esta terça-feira. Ao total, foram realizadas 66.017 queixas, um aumento de 13,4% em relação ao ano anterior.

De acordo com o estudo, o maior problema dos consumidores está no contrato celebrado para a prestação de serviços de comunicações eletrónicas, nomeadamente na venda e cancelamento do serviço, com 54,2% das queixas apresentadas. De seguida aparecem os equipamentos, com 14,1% das queixas, e a faturação do serviço, que representa 10,2% do total das reclamações – esta última foi a categoria que registou maior crescimento em relação a 2014, com um aumento de 59,6%. Completam o ranking de queixas registadas as avarias, o atendimento ao cliente e a portabilidade.

No que diz respeito ao serviço telefónico móvel e aos serviços em pacote, o número médio de reclamações por mil clientes em 2014 subiu de 1,24 para 1,57 e de 5,28 para 6,12, respetivamente, em comparação ao ano de 2013. Por outro lado, as queixas sobre o serviço telefónico em local fixo caíram de 0,84 reclamações por mil clientes em 2013 para 0,64 em 2014, mantendo-se como o serviço com a taxa de reclamação mais baixa.

Encontra-se também em queda o número de reclamações sobre os serviços postais, que registaram 8.008 casos, menos 3,7% do que no período homólogo. Ainda assim, são responsáveis por 10,2% do total de reclamações recebidas pela ANACOM em 2014. Entre os problemas mais citados relativos aos serviços postais estão o atendimento nos postos e nas estações de correio, a falta de tentativa de entrega de correspondência e encomendas no domicílio e o atraso na entrega de objetos postais.

Por fim, a maior queda de reclamações em relação a 2013 está na categoria da televisão digital terrestre, com uma redução de 34,1% no número de registos.

Segundo a ANACOM, após a análise das reclamações recebidas em 2014, “foram desencadeadas as diligências adequadas às diferentes situações” e “tendo-se detetado indícios de incumprimento da legislação sectorial aplicável, (…) desencadearam-se ações de fiscalização” para confirmar as violações e a “instauração de processos de contraordenação”.

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