Quando os primeiros visitantes entram no Jardim Zoológico de Lisboa, já os tratadores fizeram uma boa parte das tarefas diárias. À hora da abertura das portas do Zoo, pelas 10 horas, já todas as instalações devem estar limpas, pelo menos na sua parte exterior. E os animais começam a sair.
Mas além dos espaços que os visitantes podem ver – com troncos, cordas, lagos e rochas -, também existem as instalações interiores que cumprem diversas funções. Podem servir para os animais passarem a noite ou como espaço de recolha de um animal que precise de ficar isolado. Também funcionam como local para distribuir o alimento individualmente, para controlar o que cada animal come, ou um espaço onde os veterinários conseguem tratar os animais mais facilmente.
Os cerca de 60 tratadores do Zoo, distribuídos por nove grupos, como carnívoros, grandes primatas ou répteis, têm de vigiar diariamente cerca de dois mil animais, pertencentes a perto de 300 espécies. Além de os alimentar e verificar que as instalações mantém as condições de segurança para animais e visitantes, os tratadores têm de estar atentos ao comportamento de cada indivíduo e do grupo e ao estado geral de saúde.
“O fundamental é não entrar na rotina”, diz Maria da Paz Pereira, tratadora dos Pequenos Primatas. “Temos de estar sempre olhos abertos.”
No dia em que o Zoo comemora o 131º aniversário, o Observador escolheu levá-lo numa visita guiada fora do vulgar. Siga um percurso à sua escolha no mapa que encontra em baixo. Em cada ponto poderá encontrar informação sobre os animais do Zoo nas palavras dos tratadores que convivem com eles diariamente.