O PSOE não vai participar em governos que não presida. Esta é a posição da maioria dos candidatos regionais, conta o El País, que antecipa a reunião deste sábado do Comité Federal do PSOE, onde serão traçadas as linhas do mapa de parcerias com o Podemos.

O Comité Federal do PSOE vai analisar, este sábado, o resultado das eleições municipais e autonómicas de domingo e debater sobre a política de acordos a seguir. Sánchez marcou logo um limite para esses pactos: não chegar a acordos com o PP nem com o Bildu. Agora o El País acrescenta que o PSOE também não quer participar em governos que não presida, à semelhança daquilo que o líder do Podemos, Pablo Iglesias, já tinha dito, na quinta-feira. “O Podemos não entrará em nenhum governo presidido pelo PSOE”, afirmou.

Mas, com a ausência de maiorias absolutas nas eleições do passado domingo, e a necessidade urgente de acordos para formar governos locais e regionais, PSOE e Podemos terão mesmo de acertar os ponteiros se querem afastar o PP das estruturas de poder. Na maioria dos sítios, o PSOE precisa do apoio do Podemos para formar governo.

A reunião deste sábado servirá, diz o El País, para medir os prós e os contras de pedir o apoio ao Podemos, assim como para analisar as condições para os ajudar onde eles precisam, como é o caso de Madrid. A formalização dos pactos só deverá chegar no início da próxima semana, escrevia ontem a imprensa espanhola.

Numa conferência de imprensa na quinta-feira, o líder do Podemos Pablo Iglesias assinalou os “gestos reveladores de que a relação [com os socialistas] mudou”. Um desses gestos é Pedro Sánchez telefonar a Pablo. “Agora telefona-me, antes não me ligava”, disse Iglesias, que vai apresentar à restante direção do partido as condições para que o Podemos se coligue com o PSOE.

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