Está feito: o Sporting rescindiu o contrato que tinha com Marco Silva, invocando justa causa. O clube confirmou a decisão, por comunicado, na tarde desta quinta-feira, e deste modo não irá pagar qualquer indemnização ao treinador com quem o vínculo ainda durava mais três épocas, até 2018. A SAD dos leões já informou a Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM), justificando que “não foi possível chegar a acordo com o treinador”. Marco Silva pretendia receber os cerca de 2 milhões de euros de indemnização pelos anos que lhe restavam cumprir no contrato.

Já ao início da noite desta quinta-feira, a SIC Notícias avançou com três das razões que os advogados do Sporting (Bruno de Carvalho não se fez ver na reunião desta tarde) apresentaram ao agora ex-treinador do Sporting e ao empresário deste, Carlos Gonçalves. Uma das razões está relacionada com a falta injustificada do treinador a uma reunião, esta terça-feira, com Bruno de Carvalho. Outra, remete para uma eliminatória passada da Taça de Portugal, na qual Marco Silva — e contrariando o que lhe foi pedido — não utilizou o fato oficial do clube. Por último, e esta é uma razão que já se fazia ouvir em Alvalade desde o começo da época, diz a SIC Notícias que Marco Silva ignorou uma ordem da direcção, e pôs Marcos Rojo em campo, numa altura em que o atleta e o fundo que detinha o seu passe, a Doyen de Nélio Lucas, se encontravam em rota de colisão com Bruno de Carvalho, forçando uma saída para o Manchester United.

Tudo e os sms

A decisão foi revelada depois de o treinador se reunir com a direção do Sporting. O encontro decorreu no Estádio de Alvalade e começou por volta das 15h. Terá durado pouco mais de uma hora e, às 16h53, os leões enviavam o comunicado. Pelo que foi possível ao Observador apurar, o principal ponto de cisão entre Marco Silva e Bruno de Carvalho, presidente, terá sido o conteúdo das sms que ambos trocaram entre a conquista da Taça de Portugal e esta quarta-feira. O clube já está a tratar dos procedimentos  legais para transpor o processo para o plano jurídico, ou seja, para os tribunais.

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À saída do Estádio da Alvalade, e questionado pelos jornalistas, o treinador disse que estava de “consciência tranquila” e pediu aos adeptos para “desfrutarem” da Taça de Portugal “conquistada há quatro dias”. De resto, Marco Silva disse apenas que voltará a falar “no momento certo”.

SportingMarcoSilva Depois de, na quarta-feira, ninguém do Sporting o contactar para definir o seu futuro, Marco Silva conversou com os dirigentes do clube. O ainda treinador dos leões, confirmou o Observador com fonte próxima do processo, foi convocado pela SAD para comparecer numa reunião às 15 horas desta quinta-feira. O encontro serviu para Bruno de Carvalho, o presidente, e os restantes membros da SAD, como Augusto Inácio, o representante para o futebol, por exemplo, acertarem os pormenores da saída de Marco Silva do clube de Alvalade.

Até esta quinta-feira, o treinador não tinha sido informado de nada. A direção do clube, aliás, terá cancelado algumas reuniões que tinha agendadas com Marco Silva — que foi sabendo das negociações entre o Sporting e Jorge Jesus através do que foi sendo noticiado pela imprensa, a partir da noite de quarta-feira. Quando hoje acordou, Marco continuava na mesma: com um contrato em vigor com o Sporting para as próximas três épocas e à espera de uma reunião para definir o futuro.

As primeiras informações que o Observador apurou apontavam para o pagamento, por parte dos leões, de uma indemnização a rondar os 2 milhões de euros, com uma cláusula que impediria Marco Silva de treinar em Portugal nas próximas três épocas.

O treinador, contudo, não quereria abdicar dos euros aos quais tinha direito a receber. A relação com Bruno de Carvalho, que já não era boa, terá piorado nestes últimos dias devido às negociações que o clube manteve com Jorge Jesus sem que antes, ou pelo meio, contactasse o atual técnico do Sporting.

Já ao início da noite desta quinta-feira, a SIC Notícias avançou com três das razões que os advogados do Sporting (Bruno de Carvalho não se fez ver na reunião desta tarde) apresentaram ao agora ex-treinador do Sporting e ao empresário deste, Carlos Gonçalves. Uma das razões está relacionada com a falta injustificada do treinador a uma reunião, esta terça-feira, com Bruno de Carvalho. Outra, remete para uma eliminatória passada da Taça de Portugal, na qual Marco Silva — e contrariando o que lhe foi pedido — não utilizou o fato oficial do clube. Por último, e esta é uma razão que já se fazia ouvir em Alvalade desde o começo da época, diz a SIC Notícias que Marco Silva ignorou uma ordem da direcção, e pôs Marcos Rojo em campo, numa altura em que o atleta e o fundo que detinha o seu passe, a Doyen de Nélio Lucas, se encontravam em rota de colisão com Bruno de Carvalho, forçando uma saída para o Manchester United.