António Costa comentou esta segunda-feira a revisão da medida de coação do ex-primeiro-ministro do PS José Sócrates, preso preventivamente por fraude fiscal qualificada, corrupção e branqueamento de capitais, considerando que “não compete ao PS substituir-se quer à acusação quer à defesa, nem muito menos ao juiz, que deve julgar”.

“Tenho tido uma regra da qual não me desviarei um milímetro. Trata-se de um caso de justiça. A defesa apresentará a sua versão da história”, começou por dizer Costa, quando questionado no Fórum da TSF esta manhã, onde esteve em direto a responder às perguntas dos ouvintes, acrescentando que quer “despoluir” o debate político destes casos de justiça porque “respeita a independência da justiça e a sua autonomia”.

O ex-ministro de Sócrates fez um elogio à independência das magistraturas e ao sistema de justiça português, considerando-o “o mais avançado da Europa”. “O poder político não tem a possibilidade de interferir nem favorecendo nem dificultando”, explicou Costa, que foi também ministro da Justiça de António Guterres.

Sócrates está detido preventivamente desde novembro e o Ministério Público propôs a reavaliação da medida de coação para que possa ficar detido em casa com pulseira eletrónica.

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