Os países do G7 defendem uma “diminuição importante” das emissões mundiais de gases com efeito de estufa e uma descarbonização da economia durante este século, segundo o comunicado final de uma cimeira na Baviera (sul da Alemanha).

Pronunciaram-se assim a favor de um objetivo mundial de redução das emissões de 40% a 70% até 2050 em relação a 2010, “no quadro de uma resposta mundial” e comprometeram-se a fazer a sua parte para “alcançar a longo termo uma economia mundial parca em carbono”.

O presidente francês, François Hollande, congratulou-se com os “compromissos ambiciosos e realistas”, que, segundo a chanceler alemã, Angela Merkel, são “o resultado de negociações difíceis”.

Os países europeus do G7 (Alemanha, França, Itália e Reino Unido) estavam de acordo com o estabelecimento de um objetivo ambicioso para enviar um sinal à conferência de Paris, em dezembro, na qual a comunidade internacional deve estabelecer um roteiro para limitar o aquecimento global a dois graus em relação à era pré-industrial. O Japão e o Canadá, cuja matriz energética depende muito do carvão, estavam mais reticentes.

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No final, os progressos realizados em Elmau permitem esperar “um acordo sólido” em Paris no final do ano, congratulou-se o presidente norte-americano, Barack Obama, que lembrou a necessidade de agir rapidamente e com determinação para limitar a subida do termómetro mundial a dois graus.

As primeiras reações das organizações não-governamentais foram positivas, com a Greenpeace a considerar que Elmau tinha “mantido as suas promessas”.

O grupo dos sete países mais industrializados representa cerca de 10 por cento da população mundial e um quarto das emissões globais.

Na cimeira do G7 não participaram a China, o maior poluidor mundial, nem outras grandes economias emergentes como a Índia, a Rússia e o Brasil.