A startup portuguesa Talkdesk anunciou esta terça-feira que recebeu 15 milhões de dólares (cerca de 13,4 milhões de euros) numa ronda de investimento liderada pela sociedade de capital de risco norte-americana DFJ – que já investiu em nomes como o Skype ou a ChartBeat – em parceria com a Storm Ventures, que já tinha investido cerca de 3 milhões de dólares na empresa portuguesa.

“Nós estamos a crescer. Somos das empresas que mais cresce em Silicon Valley e este investimento surgiu para sustentar esse crescimento exponencial. Queremos posicionar-nos como uma empresa líder e exemplo, não só a nível nacional, como a nível europeu”, adiantou a fundadora Cristina Fonseca, ao Observador.

O investimento vai servir para desenvolver o produto, o design e as equipas de engenharia, além de aumentar as competências a nível de marketing e de apoio ao cliente, globalmente. Além do investimento, a empresa fundada por Cristina Fonseca e Tiago Paiva também anunciou a integração de Josh Stein, sócio da DFJ, no conselho de administração da startup, que tem escritórios em Lisboa, Silicon Valley e em Portland, nos Estados Unidos da América.

A Talkdesk nasceu para apoiar Pequenas e Médias Empresas (PME), permitindo que criem um call-center em “cinco minutos”, sem necessidade de instalar um software ou equipamento de hardware. Entre os clientes, já há nomes de peso, como a norte-americana Dropbox ou a Weather.com. Nos três escritórios da empresa, colaboram 70 pessoas.

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Cristina Fonseca tirou um mestrado em Engenharia de Telecomunicações e Informática, no Instituto Superior Técnico, e recusou propostas de grandes empresas como a Portugal Telecom “porque não tinha 100% de certeza do que queria fazer”, contou ao Observador em fevereiro de 2015.

Durante um ano, esteve em vários projetos, até que teve a ideia de criar a Talkdesk. Juntamente com Tiago Paiva concorreu a um prémio de empreendedorismo, que a levou para a 500 Startups, uma incubadora de empresas em Silicon Valley, durante seis meses. Quando regressou a Portugal, montou a equipa técnica, com uma ronda de investimento de 450 mil dólares (397 mil euros).

Josh Stein, sócio da DFJ, afirmou que está a assistir a uma evolução na tecnologia dos call-centers que, até à data, era dominada por soluções mais conservadoras. “A Talkdesk está estrategicamente posicionada para capitalizar esta oportunidade única” adiantou. O investidor acrescentou ainda que na DFJ têm registo de “histórias de sucesso maravilhosas como a da Box ou Yammer” e que acredita que a Talkdesk “está no caminho para integrar esta lista exclusiva”.