Os preços do gás natural voltam a descer em julho, com descidas que vão variar entre os 2,9% e os 5%. Para a maioria dos consumidores, famílias com consumos abaixo dos 10 mil metros cúbicos anuais, a baixa adicional das tarifas será de 3,5%, face aos preços praticados atualmente,

As novas tarifas, confirmadas esta segunda-feira pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), vão vigorar durante um ano, mas ficarão sujeitas a revisões trimestrais. As tarifas reguladas não se aplicam diretamente à maioria dos consumidores, que já têm contrato individual, mas servem de referência às ofertas das comercializadoras no mercado liberalizado.

Esta é a segunda parte de uma descida extraordinária dos preços que em parte é explicada pela aplicação da contribuição extraordinária sobre a energia aos contratos de gás natural da Galp. A medida legislativa do governo permitiu transferir para o sistema 50 milhões de euros este ano, ainda que a empresa tenha contestado esta cobrança.

O impacto nos preços é sentido em dois momentos, abril e julho. Em termos acumulados, a descida atingiu os 7,3% na baixa pressão para menores consumos, onde estão a maioria dos clientes. Nos maiores consumidores familiares e de média pressão (serviços e pequenas indústrias), a descida acumulada foi de 12%.

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Para os consumidores que beneficiam da tarifa social, o preço baixa 7,3%.

A trazer os preços para baixo está igualmente a desvalorização do petróleo nos mercados internacionais, que se fez sentir com especial força no final do ano passado, mas que só agora chega ao gás dado o período de desfasamento temporal. Este efeito foi contudo travado pela perda do euro face ao dólar.

Estes dois fatores pesam no custo da energia. Quanto maior for o peso do consumo na fatura final, maior a descida no preço. Nos domésticos, o peso das redes acaba por atenuar o impacto das variações da cotação do gás natural.