Histórico de atualizações
  • O ministro das Finanças grego garante que não irá apresentar nova lista de medidas na próxima reunião do Eurogrupo, na quinta-feira, porque não é o fórum adequado, adianta Yannis Varoufakis na segunda parte da entrevista ao jornal alemão Bild, publicada esta terça-feira e citada pela Bloomberg.
    Apesar disso, a Grécia, assegura, continua disposta a encontrar uma solução com os seus parceiros, na condição de que os representantes do Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia venham com um mandato claro e firme para a mesa das negociações.
    Para Varoufakis, as discussões falharam no domingo porque a delegação dos credores oficiais não estava a autorizada a entrar em “negociações profundas sobre as nossas propostas e medidas para resolver a crise da dívida”.

  • Ações norte-americanas fecham o dia em queda

    Os principais índices de bolsa norte-americanos encerraram as sessões desta segunda-feira em queda, com os analistas a atribuírem a descida ao impasse nas negociações entre o governo da Grécia e os credores internacionais. O Dow Jones recuou 0,6%, o S&P 500 deslizou 0,5% e o Nasdaq perdeu 0,4%. O dia começou com perdas mais acentuadas, mas o aproximar do final das transações foi marcado por uma ligeira recuperação.

  • Tsipras vai reunir-se com o grupo parlamentar do Syriza

    O grupo parlamentar do Syriza, o partido que lidera a coligação que está no poder em Atenas, vai reunir-se nesta terça-feira às 13h00 locais (11h00 em Lisboa) para analisar o fracasso nas negociações entre a Grécia e os credores internacionais, que decorreram durante o fim de semana. Antes deste encontro, que contará com a presença de Alexis Tsipras, o primeiro-ministro grego vai reunir-se com Fofi Gennimata, a nova líder do PASOK, Stavros Theodorakis, líder do Potami, e a dirigente da Nova Democracia, Dora Bakoyannis. 

  • François Hollande afirma que acordo não está muito longe

    François Hollande fez, nesta segunda-feira, declarações que contrariam o tom pessimista que rodeia o impasse nas negociações entre os credores internacionais e a Grécia. Numa conferência de Imprensa que decorreu na Argélia, o presidente de França disse que uma solução não está “muito longe” e que o desacordo entre as duas partes sobre o défice público primário se estreitou. Hollande declarou que “tudo tem de ser feito para manter a Grécia no euro”, mas avisou que já não sobra muito tempo para um acordo e que Atenas “tem de compreender que, para permanecer na zona euro, tem de fazer um esforço”.

    Sobre o défice público primário, o Governo grego estaria disposto a aceitar uma meta de 1% do produto interno bruto em 2015 e de 2% em 2016. Este saldo exclui os encargos com os juros da dívida pública.

  • Porta-voz de Wolfgang Schäuble diz que desconhece plano de emergência

    Um porta-voz do ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, afirmou desconhecer a existência de um plano de contigência destinado a fazer face à possibilidade de a Grécia abandonar a zona euro. Hoje, a publicação germânica Sueddeutsche Zeitung garantiu que os membros da zona euro estão a preparar um plano de emergência que inclui medidas como o controlo dos movimentos de capitais, iniciativa que teria de receber a aprovação do Parlamento de Atenas.

  • Um terço dos jovens qualificados não pretende regressar à Grécia

    Um terço dos jovens qualificados que abandonaram a Grécia para viverem e trabalharem noutros países não têm intenção de regressar ao país, segundo uma sondagem efetuada pelo ICAP junto de 1.325 pessoas com aquelas características que residem, atualmente, em 56 países. O trabalho, citado pelo Greek Reporter, adianta que 63% saíram da Grécia durante a crise económica e financeira.

    A maioria destas pessoas estão a viver em Inglaterra e trabalham, sobretudo, em setores como as tecnologias de informação, financeiro e técnicos. Perto de três em cada quatro têm mestrados ou doutoramentos. Entre os motivos para terem abandonado a Grécia, 37% alega a falta de uma cultura de meritocracia e a corrupção, enquanto 35% apontam o dedo ao desemprego. Para 33%, a emigração deveu-se à crise económica e a mesma percentagem afirmou procurar melhores perspetivas de desenvolvimento.

     

  • Tsipras acusa os credores internacionais de pilharem a Grécia

    Alexis Tsipras acusou os credores internacionais de procederem à “pilhagem” da Grécia durante os últimos cinco anos. O primeiro-ministro grego, que reagiu ao fracasso na tentativa de alcançar um acordo durante o fim de semana passado, voltou a garantir não estar disposto a ceder às exigências dos credores, adiantando que cabe, agora, a estes a responsabilidade de proporem um novo plano que salve Atenas da bancarrota. 

    Citado no Financial Times, Alexis Tsipras afirmou apenas poder “suspeitar dos motivos políticos que estão por detrás da persistência em novos cortes nas pensões de reforma” por parte dos credores internacionais, “apesar dos cinco anos de pilhagem”. Numa declaração, o líder grego afirmou: “Carregamos a dignidade do nosso povo, bem como as aspirações de todos os europeus. Não podemos ignorar esta responsabilidade. Não se trata de teimosia ideológica. Tem a ver com democracia”.

  • A via sacra das dificuldades financeiras da Grécia

    18 de junho

    Reunião do Eurogrupo, com os ministros das Finanças da zona euro, uma das derradeiras oportunidades para a Grécia chegar a acordo com os credores internacionais e receber os 7,2 mil milhões de euros do segundo resgate que permitirão ao país resolver os problemas imediatos de liquidez para pagar salários e pensões.

    19 de junho

    Neste dia, a Grécia tem de proceder ao refinanciamento de 1,6 mil milhões de euros de títulos de dívida de curto prazo que vencem nesta data.

    25 e 26 de junho

    Decorre uma cimeira da União Europeia, em Bruxelas, oportunidade para fechar um acordo no caso de as negociações falharem novamente durante o encontro do Eurogrupo.

    30 de junho

    O prazo da parcela europeia do resgate à Grécia expira e o país tem de fazer quatro pagamentos ao Fundo Monetário Internacional, no valor total de 1,6 mil milhões de euros. Os credores podem acordar em fazer uma nova extensão do programa de resgate, mas, sem fundos adicionais, a Grécia pode falhar a liquidação da soma que tem de reembolsar ao FMI, entrando em incumprimento.

    10 de julho

    A Grécia tem de refinanciar dois mil milhões de euros em títulos de dívida de curto prazo, isto é, bilhetes do Tesouro.

    13 de julho

    O país tem de fazer um reembolso de 458 milhões de euros ao FMI.

    17 de julho

    É necessário que o Estado grego proceda a um novo refinanciamento de dívida de curto prazo. Desta vez, no valor de mil milhões de euros.

    20 de julho

    Vencem dois empréstimos obrigacionistas, no valor de 3,5 mil milhões de euros, que estão na posse do Banco Central Europeu.

    7 de agosto

    É necessário  que a Grécia refinancie emissões de bilhetes do Tesouro. Estão em causa mil milhões de euros.

    14 de agosto

    Mais um refinanciamento de bilhetes do Tesouro no valor total de 1,4 mil milhões de euros.

    20 de agosto

    Mais dois empréstimos obrigacionistas, detidos pelo Banco Central Europeu, chegam à maturidade. Valor: 3,2 mil milhões de euros.

    Fonte Bloomberg

  • Zona euro prepara controlo do movimento de capitais na Grécia

    Os países que integram a zona euro estão a preparar medidas de controlo do movimento de capitais na Grécia, de acordo com o jornal alemão Sueddeutsche Zeitung, passo essencial no cenário de um abandono do país do grupo de 19 nações que partilham a moeda. O tema poderá ser discutido durante o encontro dos ministros das Finanças da moeda única europeia, que decorre na quinta e sexta-feiras, no Luxemburgo. Uma cimeira de líderes europeus poderá ter lugar na sexta-feira à noite, caso até lá não haja um acordo entre os credores e a Grécia. As medidas de controlo, que visam evitar a fuga de capitais da Grécia e um eventual colapso do respetivo sistema financeiro, têm de ser aprovadas pelo Parlamento de Atenas e fazem parte de um plano de emergência.

    O plano, segundo o mesmo jornal — que não cita fontes –, seria aprovado durante o próximo fim de semana e implicará que os bancos gregos permanecerão encerrados durante “alguns dias”. Depois de reabrirem, os levantamentos de dinheiro na rede de ATM e os pagamentos por via eletrónica serão objeto de restrições, enquanto os pagamentos ao estrangeiro serão bloqueados.

  • "Grexit", a expressão que está a bater recordes no Google

    Grexit“, a expressão que resume a possibilidade de a Grécia abandonar a zona euro, está a registar os valores mais altos de sempre nas buscas realizadas no Google, de acordo com a Bloomberg. Os dados revelados pelo Google Trends indicam que a procura pela expressão registou um pico em Maio de 2012, entrou numa fase de “esquecimento” durante os dois anos seguintes e ressuscitou em dezembro de 2014, quando as negociações com os credores internacionais — Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia — começaram novamente a ocupar uma boa parte da atualidade. Quanto à origem das buscas realizadas no Google, os cidadãos gregos estão cinco vezes mais interessados no tema do que os alemães. 

  • Alexis Tsipras encontra-se com Vladimir Putin

    Alexis Tsipras vai fazer uma vista oficial à Rússia. A visita começa na quinta-feira, dia em que os ministros das Finanças da zona euro têm agendado um encontro destinado a analisar a situação das negociações com Atenas. O primeiro-ministro grego permanecerá em território russo até sábado, dia em que participará num forum sobre economia, em São Petersburgo, e se encontrará com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

  • Distância entre Grécia e credores é pequena

    Na Reuters Breakingviews, Edward Hadas assina um artigo com o título “Grécia e os credores não estão, na verdade, muito afastados”, em que considera que critérios políticos e o orgulho de parte a parte são as principais razões para o fracasso das negociações neste domingo. O autor considera que, de um lado e outro, se reconhece que “pequenas perdas são melhores do que grandes perdas”. E que “as perdas potenciais decorrentes de um compromisso são, de facto, pequenas”.

    Hadas afirma que, para Atenas, uma rendição total perante as exigências dos credores internacionais iria reduzir a despesa pública em dois mil milhões de euros, o equivalente a 1% do produto interno bruto do país, “fácil de gerir”. Para a zona euro, o cenário de rendição total representaria apenas 0,02% do produto da zona euro, prossegue o autor. Conclusão: “as perdas potenciais de um fracasso são muito maiores para ambas as partes”, caso não haja um acordo.

    Edward Hadas refere que “se a Grécia perder o apoio da zona euro, o sistema financeiro vai estourar, a economia seguirá o mesmo caminho e as reformas institucionais ficariam por fazer. Haveria menos dinheiro para os credores, que também teriam de enfrentar a incerteza de uma quebra de confiança no projeto da zona euro”. 

    O maior obstáculo a um acordo entre a Grécia e os credores internacionais está nas questões políticas, sobretudo do lado grego, considera Hadas. O Syriza está “dividido”. Em ambos os lados, também há questões de “orgulho” que têm de ser superadas. Pode ser difícil, adianta o autor, mas “a alternativa é uma queda estrondosa”.

  • Bolsas dos Estados Unidos seguem queda dos mercados europeus

    Os mercados de ações norte-americanos estão a seguir a tendência de queda registada nas bolsas europeias. A meio da sessão, o índice Dow Jones estava a recuar 0,6%, enquanto o S&P 500 descia 0,46%. Quanto ao Nasdaq, estava a cair 0,55%. “Todas as atenções estão concentradas na Grécia”, afirmou Erik Davidson, responsável pela área de investimento do Wells Fargo Private Bank.

  • Economista-chefe do UniCredit. Grécia tem de escolher entre reformas ou o caos

    Em declarações à televisão da Bloomberg, Erik Nielsen, economista-chefe do banco UniCredit, afirma que a Grécia só tem duas escolhas: fazer reformas ou enfrentar o caos.

  • Impossível prever consequências de eventual incumprimento por parte da Grécia, admite Draghi

    O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, admitiu nesta quinta-feira, em Bruxelas, que é impossível prever as consequências a médio e longo prazo de um eventual incumprimento por parte da Grécia, já que se entraria “em águas desconhecidas”, de acordo com a Lusa.

    Numa discussão na comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, a eurodeputada portuguesa Elisa Ferreira perguntou a Draghi se, “tecnicamente”, tinha “a certeza absoluta de que há uma proteção relativamente a riscos de contágio”, caso os credores não alcancem um acordo com Atenas que permita à Grécia cumprir os seus pagamentos, pois “pessoalmente” não considerava essa opinião “sólida”, tendo o presidente do BCE retorquido que não é aconselhável especular, nem tão pouco é possível fazê-lo.

    “Não quero especular, não penso que seja produtivo especular sobre eventuais desenlaces (das negociações), e uma boa razão para não especular é porque estaríamos a entrar em águas desconhecidas” caso o cenário de incumprimento da Grécia se consumasse, respondeu.

    Segundo Draghi, há “ferramentas para gerir a situação da melhor forma possível” em caso de eventos significativos inesperados, mas aquilo que seriam “as consequências a médio e longo prazo para a construção e desenho da União, é algo que, hoje, ninguém está em posição de prever ou imaginar”.

    Na sua intervenção, Elisa Ferreira, porta-voz dos Socialistas Europeus para os Assuntos Económicos, questionou ainda Draghi sobre o papel que o BCE pode desempenhar com vista a tentar desbloquear um acordo entre a Grécia e os seus credores, frisando que “se houver um incumprimento, a zona euro «parte-se»”, e tudo devido a um desacordo alegadamente em torno de 2 mil milhões de euros, “o que representa 0,02% do PIB da UE”.

    Draghi sustentou que o BCE “não é uma instituição política e atua de acordo com regras já existentes”, apontando que as decisões devem ser tomadas em sede do Eurogrupo, acrescentando que também é da opinião de que, “neste momento, a bola está do lado das autoridades gregas”.

  • Bolsas europeias fecham em baixa

    O PSI 20 está a fechar com uma queda de 2,33%, com Atenas a cair 4,49%, Milão 4,49% e Madrid 1,79%.

     

  • Draghi: Grécia precisa de mais financiamento, para lá de junho

    Voltando a Mario Draghi, que ainda está a depor perante os eurodeputados. 

    Diz o presidente do BCE que o FMI não é a única instituição que acredita que a Grécia precisa de mais financiamento, para além do atual programa de assistência que termina agora a 30 de junho. E acrescenta que o FMI não pode entregar a sua parte deste empréstimo (16 mil milhões) enquanto não houver uma visão clara sobre o que se passará depois. 

    “Os estados membros devem dar uma resposta… Não é fácil, mas é essencial”, diz Draghi.

    Acontece que, lembra o Guardian, os países da zona euro não querem falar sobre um terceiro memorando enquanto este não estiver resolvido. E o governo grego não quer falar disso de todo. 

    Um eurodeputado alemão perguntou entretanto ao presidente do BCE o que aconteceria se a Grécia falhasse um pagamento de dívida. Draghi não quis “especular”.

  • Tempo de intervalo, para uma pequena graça do colunista do Telegraph. Aqui está, diz ele, a nova bandeira da Grécia (e o desenho vem do Público!):

    https://twitter.com/AmbroseEP/status/610464371274346496

  • A Reuters está a noticiar que saíram 400 milhões de euros dos bancos gregos hoje – um ritmo mais acelerado face às últimas semanas, mas que um dos banqueiros contactados diz não ser uma corrida aos bancos:

    Há preocupação, mas as saídas foram bastante contidas, não tão más como o esperado no contexto do impasse nas negociações”

    Em abril, foram retirados ao todo 4,9 mil milhões de euros dos bancos – uma média de 220 milhões se excluirmos os fins de semana.

  • Banco central austríaco admite ter contas sobre uma 'Grexit'

    O governador do banco central da Áustria reconheceu esta tarde que tem feitas as contas do impacto que a saída da Grécia da zona euro terá no seu país, uma admissão rara num membro do Conselho de Governadores do BCE:

    “Claro, qualquer instituição responsável – também os bancos centrais – tem que fazer algum tipo de cálculos, sobre quais seriam alguns efeitos. Nesta fase devíamos tentar evitar tal situação e não o discutir demasiado”, disse Nowotni aos jornalistas.

    O austríaco respondia a questões sobre o que esta manhã disse o comissário alemão – que é preciso começar a preparar o “estado de emergência” na sequência do falhanço das negociações este fim de semana em Bruxelas, entre gregos e credores. 

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