O Governo angolano vai investir 75,5 milhões de euros na aquisição de meios para assegurar o controlo de imigração ilegal, segundo um despacho presidencial, autorizando o negócio, a que a Lusa teve acesso esta terça-feira.

De acordo com o documento, assinado pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, datado de 29 de maio, em causa está o apetrechamento do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) e a missão de assegurar o “controlo da imigração ilegal”, tendo em conta os seus “reflexos na paz social, na estabilidade económica do país e na integridade territorial”.

Só entre 3 e 9 de junho o SME expulsou de Angola, por via administrativa e judicial, 2.085 estrangeiros em situação ilegal, um aumento de quase 400 casos em apenas uma semana.

O contrato para aquisição de “meios modernos capazes de permitir uma melhor execução das tarefas” do SME será feito, segundo o mesmo despacho, com a empresa New Cognito Internacional, por 85,2 milhões de dólares (75,5 milhões de euros), através do Ministério do Interior.

O documento não adianta pormenores sobre o equipamento a adquirir para o SME.

Segundo informações que as autoridades angolanas vão tornando públicas, um dos focos da incidência destas situações de permanência ilegal no país acontece no interior norte de Angola, com centenas de cidadãos da vizinha República Democrática do Congo detidos no garimpo, também ilegal, de diamantes.

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