A alteração dos estatutos dos acionistas do BPI não foi aprovada na assembleia-geral do banco liderado por Fernando Ulrich, que se realizou na terça-feira, no Porto, avançou o banco em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

A desblindagem dos estatutos era um passo essencial para a Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank sobre o BPI, mas só foi aprovada por 52,45% dos votos. Eram necessários 75% dos votos para a medida ser totalmente aprovada. De acordo com o comunicado, estiveram presentes 223 acionistas na assembleia-geral. Detinham 81,73% do capital social do banco.

A 29 de abril a maioria dos acionistas do Banco BPI presentes na assembleia-geral tinham decidido suspender até 17 de junho a votação da alteração dos estatutos do banco e que era decisiva para o sucesso da OPA do CaixaBank. A Santoro, de Isabel dos Santos, pretendia votar e inviabilizar a alteração já na assembleia-geral do final de abril.

Isto porque a empresária angolana já deixou clara por diversas ocasiões a sua oposição à oferta dos catalães, tendo avançado como proposta alternativa uma fusão entre o BPI e o BCP para criação da maior entidade bancária portuguesa.

O Caixa Bank lançou a 17 de fevereiro uma OPA sobre a totalidade do capital do BPI a 1,329 euros por ação, um preço considerado baixo pela administração do banco português.

Duas semanas depois, Isabel dos Santos avançou com uma proposta alternativa de fusão entre o BPI e o BCP.

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