Os resultados nas provas finais do ensino básico melhoraram ligeiramente este ano, mas nem por isso o ministro da Educação, Nuno Crato, ficou menos preocupado com os resultados, sobretudo, a matemática, que foram conhecidos na terça-feira. O governante considera que os resultados só poderão ser considerados bons se a tendência de melhoria continuar nos próximos anos.

Preocupam-no resultados como aqueles que foram obtidos nas provas finais de matemática em que 45% dos alunos do 6.º ano e 30% do 4.º tiveram negativa? “Preocupam. E devo dizer que não olhamos para estes resultados como resultados ótimos”.

“Nós olhamos para os resultados como uma estabilização, talvez com alguma tendência de subida para ser mais preciso. Se essa tendência se continuar a manifestar como nós esperamos isso são bons resultados, mas isso não quer dizer que já estejamos a atingir aquele nível que nós queremos”, afirmou Nuno Crato, no final de uma sessão pública dedicada à Modernização e Simplificação Administrativa, no Ministério da Educação e Ciência.

O ministro da Educação prosseguiu ainda dizendo que “nós queremos que os nossos jovens tenham melhores resultados, resultados muito mais avançados do que aqueles que estamos a ter neste momento”. E como é que isso se consegue? Com “metas mais exigentes, programas mais exigentes, maior autonomia às escolas”, entre outros.

Questionado ainda sobre a queixa que um grupo de 300 docentes do ensino superior apresentou, esta quarta-feira, em Bruxelas, contra o Estado português, exigindo que os docentes e investigadores ao fim de cinco anos de contratos anuais e sucessivos passem automaticamente a contrato sem termo, Crato começou por dizer que não conhecia “os termos exatos do pedido”, mas lembrou que “houve um acordo estabelecido com os sindicatos e o governo da altura, em 2009 e 2010, em que esse acordo previa uma fase de transição para esses docentes”.

Sem adiantar se o Ministério iria considerar esse pedido, Crato apenas disse que “temos de ter um sistema de ensino superior altamente competitivo porque é isso que o país precisa. E é preciso que as universidades e os institutos politécnicos tenham os instrumentos de contratação e de seleção dos docentes, que considerem melhores para essas funções”.

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