Numa extensa entrevista ao Observador, que pode consultar na íntegra aqui, realizada após a segunda avaliação pós-programa a Portugal, o chefe de missão do FMI é claro quanto ao tema mais quente da atualidade política: para poder manter ou aumentar as pensões, o país tem de estar disponível para pagar mais para a Segurança Social e/ou para pagarem mais impostos. E mais: diz que a solução para o sistema de pensões vai exigir um acordo político entre os dois lados do Parlamento, depois das eleições.

Outro tema da entrevista foi a redução da TSU, avançada em concreto já pelo PS, mas também admitida pelo PSD. O chefe de missão do FMI sublinha que a intenção era “aumentar a competitividade”, e não os rendimentos.

Pelo meio, avisa que Portugal tem de aproveitar já a oportunidade para fazer reformas – antes que seja tarde -, uma das quais no setor público, outra no mercado de trabalho. E critica também os bancos, que diz terem de reduzir custos já.

Subir Lall admite também, numa segunda parte da entrevista, que as relações com o Governo mudaram desde que terminou o memorando de entendimento. Mas garante que os objetivos continuam a ser os mesmos – e que a ideia de que o FMI mandava era “um mito”.

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