As autoridades nacionais (Infarmed, Autoridade Tributária e GNR) travaram a entrada de 18.381 unidades de medicamentos ilegais no mercado português na semana de 9 a 16 de junho, no âmbito da operação internacional PANGEA VIII. Ao todo, nos 115 países envolvidos, foram detidas 156 pessoas e apreendidas mais de 20,7 milhões de unidades de medicamentos falsificados e potencialmente letais, naquela que foi a maior operação de sempre, conforme se pode ler no comunicado enviado às redações.

Desta operação PANGEA VIII, coordenada pela Interpol e pela Organização Mundial das Alfândegas, resultaram 429 investigações a nível global, suspenderam-se 550 anúncios de produtos farmacêuticos ilícitos e foram encerrados 2.414 websites. O material apreendido tem um valor estimado de quase 72 milhões de euros. Em Portugal, o material apreendido soma um total de mais de 40 mil euros.

Em comunicado conjunto, as autoridades portuguesas concluem que, “apesar dos alertas, os portugueses continuam a comprometer gravemente a sua saúde ao adquirirem medicamentos pela internet em websites não autorizados”. E o Infarmed alerta que os sites autorizados estão todos registados na página da autoridade do medicamento.

Entre os medicamentos apreendidos a nível mundial destacam-se fármacos oncológicos, derivados do sangue e anti-infecciosos.

Das várias ações desenvolvidas a nível mundial, as autoridades destacam a descoberta de um armazém ilícito cheio de medicamentos sem validade e contrafeitos na Indonésia. Neste caso, detetou-se uma rede criminosa que alterava o prazo de validade ou a quantidade de substância ativa nas embalagens contrafeitas, em medicamentos com data de validade expirada e não registados em armazém, devolvendo-as a uma farmácia para venda.

A PANGEA é uma operação dedicada ao combate aos medicamentos falsificados e ao alerta para os perigos associados à compra destes fármacos pela internet. Esta operação, pela primeira vez, controlou também dispositivos médicos. Participaram nas ações 236 agências de polícias, das alfândegas e as autoridades reguladores da saúde de cada país. Também cooperaram com as operações empresas privadas de pagamento via internet.

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