Numa resposta enviada ao Tribunal da Relação de Lisboa, Jorge Rosário Teixeira afirma ser “imprevisível” a data de conclusão da fase de inquérito do processo de José Sócrates. Porém, uma coisa parece ser certa — a Operação Marquês não vai ficar concluída antes de novembro, um ano depois da detenção do antigo primeiro-ministro.

Segundo o Diário de Notícias, o procurador garante que a fase de inquérito não terminará “antes do final do corrente ano civil”. Isto significa que a acusação (ou arquivamento) do processo só irá acontecer em 2016, ficando a investigação a decorrer durante as legislativas, em setembro e outubro, e as presidenciais, em janeiro do próximo ano.

A justificar o prolongamento da fase de investigação, Rosário Teixeira apontou o prosseguimento das “diligências”, que procuram “reconstituir os circuitos financeiros identificados e ouvir as pessoas conexas com os mesmos, algumas das quais ausentes do país”.

O procurador do Ministério Público adiantou ainda que, em março, foi enviada uma nova carta rogatória às autoridades suíças, solicitando um conjunto de informações referentes a várias contas bancárias. A resposta ao primeiro pedido de auxílio remetido à Suíça chegou em fevereiro deste ano, não se sabendo se chegaram respostas.

Um outro pedido foi também enviado para o Reino Unido. Em causa estão dados relativos a contas bancárias britânicas. O objetivo é tentar perceber qual a ligação entre José Sócrates e uma offshore de Joaquim Lalanda e Castro, representante da farmacêutica Octapharma na Ilha de Man, no Reino Unido. Sócrates foi consultor da Octapharma para a América do Sul.

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