Ahmed Mansour, jornalista da Al Jazeera que tinha sido detido na Alemanha este domingo a pedido do Egito já foi libertado. O anúncio é feito esta segunda-feira pelo mesmo órgão de informação. O caso colocou a Alemanha numa situação desconfortável, pois estão em jogo os “interesses de negócios e os Direitos Humanos” e as dúvidas sobre a repressão no Egito aguçaram-se, definia a Reuters.

As autoridades alemãs libertaram Mansour, que saiu acompanhado pelos advogados e agradeceu ao tribunal alemão pela decisão. “Estendo os meus agradecimentos à honestidade e à honra dos juízes da Alemanha”, referiu o jornalista da Al Jazeera. “Estou livre, estou livre, estou livre”, repetiu.

Caso aconteceu este domingo

Mansour tinha sido detido no aeroporto de Tegel enquanto esperava para embarcar num voo para Doha, a capital do Qatar. O Egito acusa a Al Jazeera de ser uma porta-voz da Irmandade Muçulmana, o movimento islâmico apoiado pelo Qatar que o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, afastou em 2013 quando era chefe do exército por considerar um “grupo terrorista”. Tanto a Irmandade como o canal de televisão recusaram as acusações. Ahmed Mansour é apresentador de um talk-show líder no serviço árabe do canal do Qatar.

Mansour foi condenado em 2014 por torturar um advogado na Praça Tahrir (Egito) em 2011, embora tenha rejeitado as acusações que classificou como “tentativa de fragilizar o (seu) caráter”. Neste caso, o jornalista tinha dito inicialmente à Al Jazeera que as autoridades o tinham detido por um mandado da Interpol, mas acabou por revelar que tinha sido com base num pedido do Egito.

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