O ministro Miguel Poiares Maduro disse nesta terça-feira que a coligação PSD/CDS oferece uma esperança nova, assente em bases sólidas, tendo afirmado que o líder do PS é um malabarista político, que diz sempre o que é mais popular.

“Nesta legislatura, introduzimos profundas reformas ao mesmo tempo que conseguimos tirar o país da bancarrota e a colocá-lo no rumo do desenvolvimento, oferecendo uma esperança nova aos portugueses que assenta numa recuperação económica com sustentabilidade, sem desequilíbrios externos e com um excedente comercial”, lembrou o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional num discurso proferido em Mação sobre a Reforma do Estado, Descentralização e Coesão Territorial.

O ministro sublinhou que a coligação oferece atualmente “uma esperança assente em bases sólidas”, porque fez “o que era necessário fazer e não o que era mais fácil”. “Hoje, estamos preparados para lidar e resistir a eventuais dificuldades que possam decorrer da situação da Grécia”, vincou Poiares Maduro, num discurso em que o PS e António Costa foram muito criticados, tendo aquele partido sido apontado como o principal opositor nas eleições legislativas que se vão realizar em Portugal, este ano.

Segundo o governante, “a estratégia tonta de António Costa, em que hoje é a favor das ideias do Syryza e amanhã já não é, é a de dizer sempre o que é mais popular, conforme os ventos”, vincando: “Eu é que fico com tonturas, de tantos malabarismos políticos”.

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Na sua intervenção perante uma plateia composta por muitos autarcas, empresários, professores, médicos, militantes e simpatizantes do PSD e do CDS-PP, Poiares Maduro autoelogiou o trabalho do Governo em “contexto de bancarrota”, tendo afirmado que agora, “depois de devolver o rumo certo” aos portugueses, há reformas que “só numa segunda legislatura poderão ser feitas”, dando o exemplo do “reforço dos recursos humanos na administração pública”. Por outro lado, o governante destacou ainda, sobre o novo quadro comunitário de apoio, os “concursos específicos para as regiões de baixa densidade populacional”, com investimentos exclusivos para este tipo de territórios”.

Luís Marques Guedes, ministro da Presidência e Assuntos Parlamentares, também presente no debate, disse, por sua vez, que “o principal ganho dos últimos quatro anos foi a alteração profundíssima de como os cidadãos olham hoje para o Estado”.

“O PS sempre tratou o Estado como uma courela sua e gastava à tripa forra, até que chegaram as faturas para pagar. Hoje, os portugueses têm a noção exata de como um Governo deve gerir o bem comum, que é pago por todos nós, e esse é o maior ganho: ter cidadãos mais exigentes com o Estado, contra o facilitismo e despesismo, que é para onde o PS nos quer voltar a arrastar”, afirmou.