Os 110 trabalhadores do hotel de cinco estrelas Regency Palace, no Funchal, estão a partir desta quarta-feira sem trabalho na unidade madeirense, que deve 25 milhões de euros a duas instituições bancárias. Os últimos hóspedes saíram na terça-feira do hotel, propriedade da Sociedade Cunha, Santos e Camacho Turismo S.A..

Em causa estão dívidas estimadas em 40 milhões de euros, entre as quais 15 milhões ao Millenium bcp e 10 milhões ao Novo Banco. A assembleia de credores decidiu a 27 de abril encerrar a unidade, inaugurada há 15 anos e com 210 quartos.

Adolfo Freitas, dirigente do Sindicato de Hotelaria, considera que “o Millennium e o Novo Banco são os principais responsáveis pelo calvário do desemprego de mais 110 trabalhadores” e sublinha que “os que levaram esta empresa para o fundo poço vão continuar em liberdade e a governar a sua boa vida”, pelo que exige responsabilidades ao Governo Regional por ter deixado a situação arrastar-se desde 2007.

O executivo emitiu já uma nota dizendo tudo ter feito para evitar o encerramento e lamentando a “decisão altamente negativa” dos bancos credores para a imagem do turismo da Madeira.

Os trabalhadores vão receber nove mil euros do Fundo de Garantia Salarial e reclamar uma indemnização a ser paga pela venda da massa insolvente. Segundo o diretor geral do Regency Palace, Deodato Moniz, “o hotel é um projeto viável” e “a ocupação média anual tem sido de 75%”.

No último dia de funcionamento, 60 hóspedes fizeram o check-out do hotel.

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