O Ministério Público (MP) confirmou a realização de buscas na Câmara Municipal de Loulé relacionadas com a denominada “Operação Marquês”, inquérito no qual o ex-primeiro-ministro José Sócrates é um dos arguidos.

“Confirma-se a realização hoje de diligências, designadamente buscas à Câmara Municipal de Loulé, no âmbito da denominada ‘Operação Marquês’. O inquérito encontra-se em segredo de justiça”, referiu a Procuradoria-Geral da República (PGR), em resposta à agência Lusa, que hoje à tarde noticiou a presença de magistrados, elementos da Autoridade Tributária e de agentes da PSP, na autarquia algarvia.

Embora tenha confirmado que as buscas se inserem na “Operação Marquês”, que investiga José Sócrates e outros arguidos, a PGR não revelou, contudo, se esta diligência visou obter documentação ou outro material probatório ligado ao empreendimento Vale do Lobo, Almancil, concelho de Loulé.

José Sócrates foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, e está em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Évora.

O ex-líder do PS está indiciado pelos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito, sendo o único arguido ainda em prisão preventiva neste processo.

Segundo noticiou o Correio da Manhã, o Ministério Público suspeita que, neste processo – que envolve ainda Joaquim Barroca, administrador do Grupo Lena, o empresário Carlos Santos Silva, amigo de longa data de Sócrates, e Hélder Bataglia, um dos responsáveis do empreendimento Vale do Lobo -, cerca de 12 milhões de euros teriam como destinatário o ex-líder do PS, como luvas pela suposta colaboração do ex-primeiro-ministro na viabilização do resort de luxo. Sócrates já refutou todas as imputações.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR