Foi a princesa da década de 1990. Para isso terão contribuído filmes como Drácula de Bram Stoker e Vida Interrompida chegou ainda a ser nomeada aos Óscares pela sua participação em A Idade da Inocência e As Mulherzinhas. Agora, depois de alguns anos nas sombras de Hollywood, Winona Ryder volta a estar no centro das atenções ao ser o novo rosto da coleção de outono-inverno de Marc Jacobs. A notícia está a correr a imprensa internacional, que parece saudosista em relação à atriz.

A ajudar à causa estão duas fotografias da respetiva campanha de moda, divulgadas na conta de Instagram do estilista. Numa delas é possível ler a seguinte legenda: “Eu e a Winona somos amigos há mais de 15 anos. Ela apareceu na nossa campanha pela primeira vez em 2003. Aqui, está tão bela e autêntica como sempre [foi]”. A atriz junta-se, assim, ao rol de celebridades que Marc Jacobs convidou para participarem na mesma campanha — é o caso de Cher e de Willow Smith.

O facto de Winona voltar a vestir a pele de uma modelo, ainda que num registo temporário, fez com que o espanhol El País afirmasse que este é, sem dúvida, o regresso daquela que em tempos teve o mundo a seus pés. Não há tanto tempo quanto isso, as luzes da ribalta pertenciam-lhe e não era apenas pela carreira cinematográfica que Winona dava que falar — foi ao lado de Johnny Depp que protagonizou um dos romances mais mediáticos da indústria. Estiveram juntos entre 1989 e 1993, tempo suficiente para que o ator tatuasse a mensagem”Winona Forever” — mais tarde convertida em “Wino Forever” (qualquer coisa como “bêbedo para sempre”).

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Tal como a tatuagem, também a fama da atriz caiu no esquecimento, sobretudo depois de ter sido presa por um roubo numa loja em Beverly Hills, em 2001. Winona foi condenada a três anos em liberdade condicional, além de ser obrigada a pagar uma multa de quase 3.700 euros. A isso somaram-se ainda 480 horas de serviço comunitário, recorda o El País. O momento demasiado público fez que com a atriz procurasse alguma paz, o que resultou numa temporada longe do cinema e do mediatismo que o acompanha.

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Mais recentemente, Winona foi vista a sair de uma festa em Hollywood, precisamente no verão em que uma das suas películas mais populares celebra 25 anos de vida — Eduardo Mãos de Tesoura. Mas o facto de não ser vista em público com frequência, tal como escreve o Daily Mail, não significa que não esteja a trabalhar. Só em 2012 participou em Um homem de família e A cartaO filme Homefront: A última defesa, ao lado do inglês Jason Statham, veio um ano depois. Para um futuro próximo está prevista a série Show me a hero e o regresso à representação sob a direção de Tim Burton, em Beetlejuice 2.

E, ao contrário do que se possa pensar, a atriz olha para o momento em que foi apanhada a roubar como uma das melhoras coisas que lhe aconteceu. Em 2013, Winona deu uma entrevista à Interview Magazine onde explicou que antes de a polícia intervir já tinha problemas: “Aquela coisa que aconteceu… eu estava a começar a ter problemas antes disso. Eu penso que muitas pessoas pensam que foi isso que me fez ir noutra direção, mas eu estava a mesmo a ter problemas alguns anos antes”.

O momento menos feliz na ascensão de uma estrela fez com a indústria olhasse para ela como alguém à beira de uma depressão. Mas, segundo a própria, o tempo acabaria por emendar tudo: “Eu fui contra aquilo que pareceu ser uma parede. E com o que aconteceu… Precisava mesmo de algum tempo de folga, o que acabou por ser alguns anos”.