O crédito malparado das famílias e das empresas voltou a subir em maio, totalizando os 18.850 milhões de euros e representando cerca de 9% do total dos empréstimos concedidos, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).

Segundo o banco central, o crédito malparado das famílias subiu em maio para os 5.440 milhões de euros e o das empresas aumentou para os 13.410 milhões de euros, representando 9,08% dos 207.410 milhões de euros emprestados nestes dois setores.

No que diz respeito às famílias, dos 122.176 milhões de euros emprestados, 5.440 milhões eram considerados créditos vencidos, representando 4,45% do total.

Este é um novo máximo do crédito malparado nas famílias em percentagem do total, depois de em abril ter atingido os 5.435 milhões de euros, o que representava 4,44% do total de 122.298 milhões concedidos pela banca a particulares.

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O crédito de cobrança duvidosa na habitação, em percentagem do total do crédito concedido para este fim, também subiu de 2,52% em abril para 2,53% em maio, atingindo os 2.540 milhões de euros.

Por outro lado, os dados do BdP mostram que o malparado desceu no crédito ao consumo (em percentagem do total emprestado), de 10,89% em abril para 10,79% em maio, representando 1.311 milhões de euros do total de 12.146 milhões concedidos.

Já quanto ao crédito a particulares para outros fins, os números do regulador dão conta de uma ligeira subida do crédito de cobrança duvidosa, de 16,22% em abril para 16,25% em maio, totalizando 1.589 milhões de euros dos 9.778 milhões concedidos.

No caso das empresas, o crédito malparado também aumentou para 15,73% em maio (13.410 milhões de euros), quando em abril representava 15,55% (13.262 milhões de euros) do total dos empréstimos concedidos a empresas.

Desde fevereiro do ano passado que o crédito malparado para as empresas ultrapassou os 10% do total concedido e durante um ano alcançou novos máximos, ultrapassando em fevereiro os 15% do total de créditos concedidos.

No caso das empresas de construção, o crédito malparado ultrapassou em maio os 31,4% dos empréstimos concedidos pela banca, atingindo os 4.632 milhões de euros (do total de 14.753 milhões). No mês anterior, o malparado das empresas de construção representava 30,7% do total: 4.541 milhões de euros do total de 14.765 milhões de euros concedidos.