Hernâni Vaz Antunes, mediador do negócio entre a Altice e a Oi – fechado a 2 de junho -, avançou com uma providência cautelar contra a empresa brasileira (Oi), reclamando o direito a uma comissão de 1% pela venda da PT à francesa Altice. O caso está a ser julgado no tribunal cível de Lisboa, conta o DN na edição desta terça-feira.

A comissão de 1% corresponde a 70 milhões de euros, num negócio que rondou os sete mil milhões. E para reclamar este montante, o empresário de Braga, Hernâni Vaz Antunes, terá invocado a existência de um acordo, segundo o qual teria direito a uma comissão pela intermediação do negócio.

Mas segundo uma fonte próxima do processo, citada pelo mesmo jornal, não existirá nenhum documento que comprove a existência de um acordo entre a Oi e Hernâni Vaz Antunes. Pelo que, a ter existido algo, não terá passado de conversas. E por isso mesmo, prossegue o DN, no último mês, o juiz que está a julgar a providência cautelar tem estado a ouvir testemunhas, antes de tomar uma decisão.

O DN não conseguiu contactar Hernâni Vaz Antunes e os advogados da PT Portugal e da Oi não quiseram comentar o caso.

A compra da PT Portugal foi acordada por um enterprise value de 7,4 mil milhões de euros, incluindo 500 milhões de pagamentos diferidos. Do valor seria descontado um montante de 1,3 mil milhões de euros para contingências. Com esta compra, a Altice ganhou uma operadora que lidera no fixo e na rede móvel, estando a poucos milhares de clientes da NOS na televisão.

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