O Museu da Luz, localizado na aldeia com o mesmo nome, recebeu no início deste mês uma exposição dedicada nada mais, nada menos, do que à Luz e ao ano internacional estabelecido pela UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization). Até setembro, a exposição “Luz Cósmica: Para além da Lâmpada” vai mostrar aos visitantes quão variáveis podem ser as formas de ver a Luz na natureza, especialmente a luz cósmica. Ora pela luz do espaço que vemos a partir da Terra, ora pelas imagens que são captadas no cosmos.

Em 2013, pela altura em que a UNESCO anunciou que 2015 seria o Ano Internacional da Luz, Pedro Russo, astrofísico e comissário da exposição, leu um artigo sobre o Museu da Luz e pareceu-lhe que fazia todo o sentido aproveitar esta coincidência para criar uma exposição num “local remoto que raramente está exposto à comunicação científica”, contou ao Observador. Além disso, a Aldeia da Luz está localizada numa “reserva de céu escuro” que se presta muito bem a atividades de observação do céu noturno, porque não tem a poluição luminosa que normalmente se encontra nas cidades.

Pedro Russo coordena uma equipa na Universidade de Leiden, na Holanda, dedicada a perceber a relação entre a astronomia e a sociedade. Seja pela forma que cada uma influência a outra, seja pela comunicação de ciência e pelo envolvimento do público com a astronomia, seja pela transferência das tecnologias usadas na investigação no espaço para o dia-a-dia em sociedade. Este ano decidiu desafiar a equipa a mudar o local de trabalho para Portugal durante três semanas, enquanto participavam numa residência de divulgação científica no museu e desenvolviam atividades com o público, nomeadamente o público em idade escolar na região. O mote para esta residência é a importância da Ciência, Luz & Sombras na região do Alqueva.

Iris Nijman, um dos elementos da equipa de Pedro Russo, em residência no Museu da Luz, publicou uma imagem sobre as crianças em visita à exposição.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR