As autoridades da Libéria anunciaram a morte de um doente pelo vírus do Ébola, a segunda morte após a doença ter voltado a ser registada no país.

Este é o sexto caso confirmado de Ébola desde que o vírus reapareceu no final de junho na Libéria, disse à rádio o chefe da unidade nacional de crise contra o Ébola, Francis Karteh.

“Atualmente temos quatro casos (tratados), o que perfaz um total de seis casos confirmados no país, de entre os quais se registaram duas mortes”, disse.

A última vítima, identificada como tendo estado em contacto com um dos recentes doentes, foi seguida pelas autoridades de saúde, afirmou Karteh, acrescentando que o doente tentou esconder o problema às autoridades tomando medicamentos para baixar a febre, tendo sido transportado já em estado crítico para um centro de tratamento do vírus em Monróvia, onde morreu.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a Libéria oficialmente livre do vírus a 9 de maio, 42 dias – o dobro do período máximo de incubação – após o enterro do último caso conhecido.

Porém, no final de junho, um adolescente de 17 anos morreu devido a febres hemorrágicas depois de ter contagiado outras pessoas.

Estes últimos casos foram registados numa cidade da região costeira de Margibi, perto do aeroporto internacional que serve a capital, que dista cerca de 60 quilómetros.

Francis Karteh receia o regresso da epidemia, e apelou às pessoas que estiveram em contacto com os doentes “para serem responsáveis”, para garantir a erradicação da doença.

O surto de Ébola na África Ocidental, a mais grave desde a identificação do vírus na África Central, em 1976, e em dezembro de 2013 no sul da Guiné-Conacri, já causou mais de 11.200 mortes em 27.500 casos segundo um balanço da OMS, embora considerado subvalorizado.

Mais de 99% das vítimas encontram-se na Guiné, na Serra Leoa e na Libéria, a mais afetada, com cerca de 4.800 mortos.

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