Os líderes da França, Alemanha, Rússia e Ucrânia falaram esta sexta-feira por telefone sobre o conflito no leste ucraniano, salientando “o papel central” da OSCE na “melhoria da aplicação do cessar-fogo e na verificação da retirada das armas pesadas”.

“Devemos fazer todos os possíveis para assegurar que os observadores tenham liberdade de ação e os meios necessários para levar a cabo a sua missão”, indica um comunicado da presidência francesa, referindo-se aos representantes enviados pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

Os presidentes da França, François Hollande, Rússia, Vladimir Putin, Ucrânia, Petro Poroshenko, e a chanceler alemã, Angela Merkel, realizaram a primeira teleconferência desde 30 de abril, no chamado “formato da Normandia”.

A Presidência francesa sublinha que, desde abril, foram “ultrapassados importantes etapas” para pôr em marcha o acordo assinado em Minsk, a 12 de fevereiro.

A teleconferência surge no momento em que Kiev prepara uma reforma constitucional que prevê mais autonomia para as regiões separatistas pró-russos no leste da Ucrânia.

O Ocidente encara esta reforma como um passo importante para se encontrar uma solução política para o conflito, que já causou mais de 6.500 mortes em 15 meses.

“Esta dinâmica (reforma constitucional) deve ser mantida para que todas as medidas aprovadas em Minsk se tornem efetivas até ao final deste ano. A realização de eleições locais, nos termos da legislação ucraniana e o respeito dos compromissos de cada um, será um marco importante “, refere a Presidência francesa.

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“Esses avanços do processo político devem seguir em estrito cumprimento dos compromissos assumidos por todas as partes de segurança. É essencial para o sucesso das próximas eleições”, adiantou o Eliseu.

A Presidência francesa sublinha também que devem ser tomadas “medidas rapidamente, em especial, para prosseguir com a retirada de tanques e armas ligeiras e de ultimar um acordo sobre a desmilitarização e desminagem de zona Chirokine”, no leste da Ucrânia.

O parlamento ucraniano deu, na quinta-feira, o primeiro passo para se conseguir uma reforma constitucional e conceder mais poderes ao conselho de representantes regionais e locais das regiões separatistas.