O Estado grego perdeu cinco mil milhões de euros resultantes de empréstimos ilegais dados pelo entretanto defunto Agricultural Bank of Greece, mais conhecido como ATEbank, entre 2000 e 2012, de acordo com um relatório da Autoridade Anti Branqueamento de Capitais, que foi enviado para a justiça grega.

O problema ainda pode ser muito maior, segundo o ministro de Estado para o Combate à Corrupção, Panayiotis Nikoloudis, que apresentou o relatório preliminar estar terça-feira, dizendo que esta investigação só revelou a “ponta do iceberg”.

O governante espera agora que a investigação judicial coloque em evidência todas as práticas criminosas dos responsáveis do banco, assim como o nome de todos os que beneficiaram dessas práticas.

“Ai ficará claro para todos os que o escândalo do ATEbank não é apenas um escândalo económico mas principalmente um escândalo político persistente, bem planeado e de longo prazo que pesa sobre todos os que governaram o país durante o período em causa”, disse o governante numa declaração sobre o tema.

Panayiotis Nikoloudis foi mais longe e disse que o ATEbank foi usado por quem estava no poder como fonte de financiamento das suas ambições políticas: “Foi o ponto de encontro entre a atividade empresarial e a atividade criminosa”.

Em causa, segundo o jornal grego Khatimerini, estarão mais de 1300 empréstimos dados pelo banco sem que tenha exigido as garantias necessárias. O ATEbank desapareceu em 2013, altura em que foi absorvido pelo Piraeus Bank.

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