Dois fundos de capital de risco britânicos investiram cerca de 14 milhões de euros na luso-britânico Seedrs – uma espécie de Shark Tank público, em que qualquer pessoa pode investir nos projetos em que acredita. Só precisa de 10 euros ou de 10 libras.

A primeira plataforma de equity crowdfunding (financiamento coletivo) regulada pela entidade que supervisiona o mercado financeiro britânico, a Financial Conduct Authority (FCA) ficou assim avaliada em cerca de 42,4 milhões de euros.

O investimento foi liderado pelo Woodford Patient Capital Trust e pelo Augmentum Capital e tem como objetivo ajudar a startup a crescer na Europa e a entrar no mercado norte-americano. Além do capital que advém dos dois fundos,  vai decorrer uma campanha na própria plataforma para arrecadar mais 3,5 milhões de euros. A concluir-se, o investimento total será de 17,5 milhões de euros.

Com esta operação, o gestor do fundo de investimento Augmentum Capital, Tim Levene, junta-se ao conselho de administração da empresa. Ao Financial Times disse que o mercado de crowdfunding “ainda está numa fase de desenvolvimento inicial e que ainda há muitos desafios por enfrentar”. Entre 2012 e 2014, o setor cresceu em média 410% e o grande concorrente da Seerds no Reino Unido é o CrowdCube.

Em janeiro de 2013, a startup fundada por Carlos Silva e Jeff Lynn já tinha arrecadado um investimento de 3,6 milhões de euros, através da portuguesa Faber Ventures e de uma campanha própria na plataforma.

Em junho deste ano, a empresa anunciou a entrada do campeão britânico de ténis Andy Murray, terceiro no ranking mundial do ATP, no conselho de consultores estratégicos, tendo-se tornado na primeira figura pública a investir em startups através da plataforma de crowdfunding.

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