Desde coelhos até bonecas de plástico, as casas na Albânia dão as boas vindas aos visitantes com peluches e bonecos pendurados nas portas. Um cenário algo macabro, mas que tem um propósito: afastar o mau olhado. “Se tens algo bonito dentro de casa, alguém vai querer tirar-to”, explicam os albaneses numa reportagem da BBC.

Uns dizem que afastam a inveja, outros a figura do diabo. E juram que há provas da eficácia. Um homem disse que desde há uns tempos para cá, a polícia não arredava pé da porta. “Começaram a dar-me problemas”, conta o dono da casa. Um dia, o filho trouxe um peluche para casa e a família decidiu pendurar o boneco. Resultou: “Desde então não temos tido nenhum problema”.

Vladimir está a construir uma casa na Albânia e já tem um peluche pendurado na porta. Vai estar sozinho por uns tempos neste país, para fugir de uma Grécia devastada pela crise e pelo consequente desemprego. Mas há-de voltar. E o peluche há-de ajudar.

Mas na verdade, pendurar bonecos à porta não é um hábito novo: nasceu nos anos setenta, quando o país deixou o comunismo. Foi nessa altura que entraram influências gregas e italianas, de onde vieram os investimentos, mas ninguém tem a certeza de onde nasceu realmente a moda dos peluches. Sabe-se que não é um exclusivo da Albânia, e os bonecos são os únicos amuletos da sorte: os alhos têm também muita popularidade.

A BBC sugere outra explicação: os peluches, e os brinquedos, são  símbolos do capitalismo e é aqui que podem estar as repostas.

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