O português Rui Correia inicia no final deste mês uma aventura que pretende ligar, em mota, Lisboa e a vila timorense de Lifau, no enclave de Oecusse onde há 500 anos chegaram os primeiros missionários e navegadores portugueses.

Trata-se de uma viagem de 22.184 quilómetros por 18 países e que inclui sete travessias marítimas: entre Malásia e Sumatra, Sumatra e Java, Java e Bali, Bali e Lombok, Lombok e Sumbawa, Sumbawa e Flores e Flores e Timor.

Rui Correia, que está atualmente a trabalhar como assessor no Ministério da Administração Estatal, em Timor-Leste, explica que a viagem pretende “simbolizar a amizade e solidariedade que une os dois povos”.

Ainda à procura de apoios adicionais para a viagem, que garante que vai realizar, explica que o objetivo adicional é contribuir para o trabalho de uma ONG local, a SUL-Timor, especialmente para um projeto de apoio a uma escola em Díli.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em jeito de ‘pré-viagem’, Rui Correia percorrerá primeiro 547 quilómetros entre Guimarães e Lisboa, com passagens pelo Porto, Coimbra, Fátima, Cabo da Roca e Sintra.

A partir do Padrão dos Descobrimentos está prevista para 30 de agosto e a chegada a Lifau, em Oecusse, a tempo das celebrações de 28 de novembro, dada em que se assinalam os 40 anos da independência de Timor-Leste.

O percurso europeu da viagem – 4.395 quilómetros – inclui passagens por Espanha, França, Mónaco, Itália, Eslovénia, Croácia, Sérvia, Bulgária e Turquia.

Segue-se uma primeira fase do percurso asiático entre Istambul e Nova Deli (7.283 quilómetros) que incluirá passagens pelo Irão e Paquistão e depois a ligação entre Nova Deli e Malaca (6.225 quilómetros), com passagens pela Birmânia e Tailândia.

Rui Correia atravessa depois o arquipélago indonésio, com passagem, entre outros locais, por Dumai, Lampung, Jakarta, Bandung, Yogyakarta, Banyuwangi, Denpasar, Mataram e Bukit Raya.

Depois destes 3.437 quilómetros, segue cerca de 480 entre Lombok e Flores e 365 entre Flores e Dili.

O destino final da viagem é a capital timorense mas a paragem mais simbólica é a que será feita em Oecusse.