A chanceler alemã Angela Merkel afirmou que vai “trabalhar muito” para que a Comissão Europeia “acelere” as negociações de um acordo comercial com o Mercosul, em declarações à imprensa, em Brasília, ao lado da Presidente brasileira Dilma Rousseff.
Merkel realçou que o Mercosul – integrado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela -, é heterogéneo, e elogiou Rousseff por Brasília ter assumido um “papel de liderança” no grupo, citada pela imprensa brasileira.
Rousseff afirmou que a Alemanha é um “importante interlocutor” na Europa e que a sua expetativa é a de que as ofertas para o acordo comercial sejam divulgadas até ao fim deste ano.
A chanceler alemã chegou ao Brasil na noite de quarta-feira, tendo participado num jantar com Rousseff.
Hoje de manhã, as duas chefes de Governo mantiveram um encontro a sós, assim como ministros e vice-ministros alemães de 12 áreas diferentes, que integraram a comitiva de Merkel, se encontraram com os seus homólogos brasileiros.
Os dois países assinaram 17 instrumentos de cooperação e diálogo em áreas como inovação nos processos produtivos, pesquisa marinha, bio economia, educação, saúde, defesa e segurança alimentar, segundo o Governo brasileiro.
Também foi adotada uma declaração conjunta sobre mudança do clima e uma declaração de intenções conjunta sobre urbanização.
O encontro inaugurou o mecanismo de Consultas de Alto Nível Brasil-Alemanha, que prevê reuniões presidenciais e ministeriais a cada dois anos para discutir temas da agenda bilateral e global.
Rousseff também apresentou a Merkel o programa de concessões em áreas de infraestruturas, incluindo logística e geração e distribuição de energia elétrica, para estimular o investimento de empresas alemãs.
A Alemanha é o quarto principal parceiro comercial do Brasil no mundo, após a China, Estados Unidos e Argentina e, segundo o portal de notícias G1, Merkel defendeu que os dois países devem adotar acordos de cooperação económica.
O intercâmbio comercial entre os países foi de 20.400 milhões de dólares (18.200 milhões de euros) em 2014.