A advogada do homem que disparou esta sexta-feira no comboio de alta velocidade para Paris veio dizer que o seu cliente lhe pareceu muito fraco e mal-nutrido e que ele lhe tinha tido que tudo o que queria era assaltar algumas pessoas no comboio, noticia a Reuters.

“Vi alguém muito doente, alguém muito fraco fisicamente, como se sofresse de má-nutrição, muito, muito magro e exausto”, disse Sophie David, advogada do atirador, à BFMTV, depois de ter entrevistado o cliente na esquadra da polícia em Arras. A advogada acrescentou que o marroquino de 26 anos se mostrou muito surpreendido ao saber que as autoridades europeias o assumiam como radical islâmico.

Sophie David continuou, dizendo que o cliente lhe referiu que encontrou a Kalashnikov num parque junto à estação central de Bruxelas onde costumava dormir e que uns dias depois decidiu entrar no comboio que outros sem-abrigo lhe tinham dito que costuma ir cheio de pessoas abastadas. “Ele esperava alimentar-se recorrendo ao assalto à mão armada”, defendeu a advogada.

O nome do autor do ataque no comboio de alta velocidade que fazia a ligação entre Amesterdão e Paris – Ayoub el Khazzani -, foi avançado por fontes francesas e espanholas, segundo a Reuters. O ministro da Administração Interna francês, Bernard Cazeneuve, embora não se tivesse referido ao nome do homem, confirmou que o homem sob custódia tinha sido indicado pelas autoridades espanholas aos serviços secretos franceses em fevereiro de 2014.

Ayoub el Khazzani feriu duas pessoas no comboio, mas foi rapidamente detido por três americanos, dois deles militares, que seguiam no comboio. Não conseguindo usar a Kalashnikov que estava encravada e tendo-lhe sido retirada a outra arma que tinha consigo, o homem ainda conseguiu sacar de um x-ato e ferir gravemente um dos homens que o conseguiu deter.

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