Um grupo de cientistas da agência espacial norte-americana apresentou, esta quarta-feira, os mais recentes dados recolhidos sobre o aumento do nível da água do mar em todo o mundo — que foi, em média, 7,62 centímetros superior ao de 1992 –, apesar de o panorama variar em diferentes partes do mundo, tendo em algumas zonas chegado a superar os 22 centímetros.

A NASA também publicou um vídeo com os dados obtidos pelos seus satélites em que se verifica claramente, por via de uma gradação de cores, qual foi a evolução em cada parte do mundo ao longo dos últimos 23 anos.

As costas da Ásia e Oceânia, no Pacífico, a par com o Mediterrâneo Oriental e a costa atlântica da América, foram as mais prejudicadas pela subida do nível do mar.

O aquecimento global, provocado em grande medida pela atividade humana, é o principal culpado pelo aumento do nível dos oceanos e dos mares, na medida em que é responsável pelo degelo dos glaciares e pela subida da temperatura da água.

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“É muito provável que a situação piore no futuro”, alertou Steve Nerem, geofísico da Universidade do Colorado, durante a apresentação dos dados. Os cientistas alertaram que mesmo que sejam tomadas ações para tentar reverter a situação e se consiga mudar a tendência, seriam precisos séculos para regressar aos níveis anteriores às alterações climáticas.

A subida do nível da água do mar coloca em risco o futuro de inúmeras cidades e povoações costeiras em todo o mundo, ameaçando, aliás, fazer desaparecer do mapa para sempre uma série de ilhas e, no caso do Pacífico, em especial, países inteiros.