O Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações respondeu esta quinta-feira às críticas sobre os processos de privatização dos transportes coletivos do Porto em cima das eleições recordando que a decisão fora tomada logo em 2011.

“O facto de haver decisões tomadas agora pode fazer crer aos mais distraídos ou à nossa oposição política que os processos começam agora. A primeira decisão política deste Governo foi tomada em 2011, que já previa, para o fim da legislatura, a abertura a privados da STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto) e a continuação da subconcessão da Metro do Porto”, disse Sérgio Monteiro, após a reunião do Conselho de Ministros, em Lisboa.

O membro do executivo da maioria PSD/CDS-PP salientou tratar-se de mais uma poupança prevista para os cofres do Estado de cerca de “120 milhões de euros, pelo menos, nos próximos 10 anos”, algo considerado “importante para os contribuintes, que não querem pagar mais impostos, antes querem vê-los diminuídos”.

“A proposta a apresentar tem o mesmo caderno de encargos, os documentos, do concurso internacional (lançado em 08 de agosto de 2014)”, esclareceu, frisando que é um processo que “tem mais de 12 meses de maturação”. Terça-feira, o gabinete do ministro da Economia, Pires de Lima, anunciou o convite às 24 entidades que tinham estado envolvidas no concurso internacional para participarem num processo de ajuste direto.

Semanas antes, o consórcio espanhol TMB/Moventis, que já tinha sido o eleito para a Metro do Porto, falhara a garantia bancária necessária para assumir a operação da rodoviária STCP, tendo o Governo instruído as duas empresas a revogarem os respetivos acordos.

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