Portugal volta a levar de segunda a sexta-feira uma comitiva recorde de 93 empresas à maior feira de calçado do mundo, em Milão, Itália, destacando-se como a segunda maior delegação estrangeira presente na Micam, anunciou a organização.

Segundo adiantou à agência Lusa fonte da Associação dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), que organiza a presença nacional no certame, ao todo as empresas portuguesas representadas em Milão “respondem por mais de 8.000 postos de trabalho e sensivelmente 500 milhões de euros de exportação”.

Aquela que será “a maior presença de sempre” de Portugal num evento no exterior destaca-se, também, como a segunda maior delegação estrangeira na feira italiana, sendo apenas superada pela concorrente Espanha.

Uma aposta que a APICCAPS justifica pelo facto de a promoção comercial externa ser “a primeira das prioridades para a indústria portuguesa de calçado”, que atualmente já coloca mais de 95% da sua produção em mais centena e meia de países, num valor próximo dos 1.900 milhões de euros, mas quer continuar a reforçar a sua posição relativa nos mercados externos.

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“A presença na maior e mais prestigiada feira de calçado do mundo será, uma vez mais, da maior importância. Ao todo, mais de 1.600 expositores, de aproximadamente 50 países, e mais de 40 mil visitantes profissionais marcarão presença na feira de Milão”, destaca a associação.

Apoiada pelo Programa Compete 2020 no âmbito da estratégia promocional definida pela APICCAPS e pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), a delegação portuguesa na Micam recebe hoje a visita do ministro português da Economia, António Pires de Lima.

No total, a estratégia promocional do setor português do calçado prevê a participação, durante o ano 2015, de cerca de 150 empresas da fileira num “mega programa à escala internacional” que se traduzirá na presença em cerca de 60 dos “mais prestigiados” fóruns internacionais da especialidade.

Até junho, o “fraco desempenho económico” europeu ditou uma quase estabilização das exportações do calçado português, nos 887 milhões de euros, assumindo-se os destinos extracomunitários, com uma subida de 6%, como “o grande motor” do crescimento do setor, segundo dados da associação.