A fotografia que mostra Aylan Kurdi numa praia turca, sem vida, indignou o mundo inteiro. Aylan tinha três anos. A vida foi-lhe sugada quando atravessava o Mar Egeu com os pais e o irmão de cinco anos, numa tentativa de chegarem à Grécia, refugiados da Síria, país em guerra civil há quatro anos. Mas mesmo depois do murro no estômago que a imagem traz, há posições e notícias surpreendentes. A do Conselho Português da Proteção Civil é um exemplo.

O organismo, que é particular e não tem qualquer ligação com a Autoridade Nacional para a Proteção Civil, partilhou a imagem de Aylan Kurdi, morto, na sua página do Facebook. A acompanhar a fotografia do menino de três anos, lia-se a mensagem: “Ensine o seu filho a nadar para não passar o resto da vida a lamentar!”

O texto continua com uma mensagem de “dupla sensibilização para o drama da migração”, que pode ler abaixo.

CppC

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O que não é surpreendente é que a partilha tenha provocado uma onda de indignação. O Conselho Português da Proteção Civil retirou as publicações e logo depois fez um comunicado onde se demarca da Autoridade Nacional da Proteção Civil, esta sim, um organismo do Estado e que terá exigido o esclarecimento público.

Escreve o CPPC: “O Conselho Português de Proteção Civil esclarece que não tem qualquer relação ou subordinação à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC). O CPPC é uma organização de direito privado independente das estruturas governamentais, não se revendo nas políticas prosseguidas pela ANPC.”

As publicações que fez, e que entretanto retirou, podem ser vistas abaixo.

CPPC

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