Quatro cursos de engenharia do ambiente, 10 cursos de engenharia civil e ainda cursos de engenharia eletrotécnica, de gestão e de serviço social. Ao todo, no final da 1.ª fase de acesso ao Ensino Superior, cujos resultados já estão disponíveis na página da Direção-Geral de Ensino Superior (DGES) – assim como no documento em anexo a esta notícia -, 48 dos 1.048 cursos que abriram vagas ficaram completamente desertos.

Apenas três desses 48 cursos são ministrados em universidades e um na Escola Superior Náutica Infante D. Henrique. Todos os outros se encontram em politécnicos, com maior representatividade dos politécnicos de Bragança e de Castelo Branco. Estes são cursos que correrão o risco de não abrir no próximo ano. Lembre-se que os cursos com menos de 10 alunos matriculados nos dois anos letivos anteriores, ficam impedidos de abrir vagas.

Para além destes 48, totalmente desertos, um quarto dos cursos continua com metade ou mais de metade das vagas por preencher.

No ano letivo de 2013/2014 já tinha havido 66 cursos vazios no final da primeira fase. Nessa altura Nuno Crato disse que era preciso repensar o caso dos cursos sem candidaturas. A verdade é que no ano passado voltaram a registar-se mais de 70 cursos sem um único colocado na primeira fase. Este ano o número baixou, mas continuam a existir cursos desertos, num total de 48.

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Mais de metade dos cursos já ficou lotada

Mas se há cursos que não atraem estudantes, outros há que são muito concorridos e ficaram já, no final desta 1.ª fase, sem qualquer vaga sobrante. E são muitos: 600, ou seja, mais de metade (57,2%) dos cursos que abriram lugares para o próximo ano.

As áreas são variadas, da arquitetura às ciências da comunicação, da arqueologia ao design, passando pelo turismo, direito, economia, enfermagem e várias engenharias.

Entre esses cursos estão, por exemplo, alguns dos que abriram mais vagas este ano como é o caso das licenciaturas de Direito em Lisboa e Coimbra e de Enfermagem nas Escolas Superiores de Coimbra e Lisboa, por exemplo.

Politécnicos pouco procurados

Também já há quatro instituições completamente preenchidas: o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e as Escolas Superiores de Enfermagem de Coimbra, Lisboa e Porto. E duas com 99% das vagas ocupadas: a Universidade Nova de Lisboa e a Universidade do Porto.

Por outro lado, há instituições que continuam a atrair poucos alunos. Exemplo disso é o Instituto Politécnico de Tomar. Foi o que abriu menos vagas (477) e continua com mais de dois terços das vagas por preencher, assim como Instituto Politécnico de Bragança. Também em Beja, Guarda e Santarém mais de metade das vagas continuam livres.

Nem as bolsas ao abrigo do Programa +Superior, no valor de 1.500 euros, disponíveis, num número limitado, para alunos que se candidatem a estes politécnicos são suficientes para levar mais estudantes a escolherem essas escolas.

Este ano, o número de colocados subiu para os cerca de 42 mil nesta primeira fase de candidaturas. A segunda fase arranca já esta segunda e serão disponibilizados 8.714 lugares, sobretudo em politécnicos.

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